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sexta-feira, 18 de setembro de 2020


Começa hoje mais um campeonato, mas, lamentavelmente, volta a faltar-lhe a alegria, o entusiasmo e a paixão dos adeptos. E enquanto na Bélgica já podem estar adeptos nos estádios, até 1/3 da lotação, e na Alemanha, sempre olhada como uma referência, a Bundesliga terá 20% da lotação, em Portugal o desporto continua a ser tratado como uma espécie de coisa menor, olhado de soslaio, discriminado, apesar de ser muito importante para a economia nacional.
Para além disso, olhando para o adiamento do Sporting - Gil Vicente, é bom se definam regras claras, critérios objectivos, o principal campeonato do futebol português não pode ficar sujeito ao livre arbítrio de entidades exteriores, governo ou DGS.

Assim, dito isto, importa dizer mais o seguinte:
O futebol é entusiasmo, alegria, emoção, paixão? É! Mas o futebol sabe que não vivemos numa situação normal, tem de cumprir determinadas regras, ser contido, Acreditar que num estádio com capacidade para 50 mil pessoas, não podem estar, vá lá, 10 mil, em condições de segurança e sem qualquer prejuízo para a saúde pública - risco zero não existe em nenhuma actividade, ponto -, é um desrespeito, discriminação, preconceito! Olham para o futebol e só vêem as claques. E no caso das claques também é preciso desmistificar a teoria que é impossível obrigá-los a cumprir as regras. No caso concreto do F.C.Porto, existem duas claques organizadas, Super-Dragões e Colectivo 95; ambas estão legalizadas, conhecem-se os líderes. Ora, ninguém mais anseia pelo regresso de público aos estádios que as claques. Sendo assim, chamavam-se os responsáveis, explicavam-se as regras, deixava-se claro que tinham de cumprir, se não cumprissem havia riscos de os jogos voltarem a ser à porta fechada. Não, nem sequer uma experiência admitiram, quanto mais jogos do campeonato com público. Tratam o futebol como uma actividade marginal em comparação com tantas outras actividades a quem foi autorizado ter público, quiçá com muito maiores riscos.
O futebol não se quer substituir a quem de direito, era o que faltava, senhor secretário de estado adjunto da saúde, mas o futebol, mais que direito, tem obrigação de se sentir discriminado com muitas decisões tomadas pelo governo e DGS - touradas, fórmula 1, motociclismo, concertos, incluindo os da festa do Avante, Fátima...
 
Notas finais:
No que toca ao F.C.Porto, espero como sempre uma boa participação, capacidade para ser competitivo, lutar por todos os objectivos internos - o campeonato sempre em 1º lugar -, ao mesmo tempo que seja capaz de resolver os problemas que o colocam numa situação muito difícil, dramática, mesmo.

Há tanta coisa que envolve o clube do regime, a acontecer, que só pode surpreender os mais incautos e distraídos. Portanto, sobre o Benfica de Vieira, apenas me apetece dizer que nos dias que correm me sinto menos tolinho, ao ver, finalmente, tanta gente a acordar para uma figura muito pouco recomendável, sinistra, mesmo, como é o actual presidente do SLB. 
Como disse há anos, VER AQUI, este é o momento para extirpar o tumor que se alastra o desporto português, futebol em particular, mas não só...

O silêncio do Benfica contra a falta de público não surpreende. Vieira vai ter eleições, ter adeptos a cantar no estádio coisas muito pouco agradáveis com convém nada, como aconteceu não faz muito tempo, não convinha nada. Já o silêncio da FPF e de Fernando Gomes, até era capaz de dizer que é surpreendente, mas como conheço bem o "Facadinhas", sei que ele é uma espécie de ministro sem pasta do actual governo, faz parte da sua função evitar que se crie problemas ao governo, também não posso dizer que estou surpreso...

O futebol foi obrigado a cumprir um protocolo exigentíssimo e cumpriu exemplarmente, não foi nem é culpa do futebol este aumento de casos, que as coisas estejam a piorar, seja preciso adoptar medidas mais restritivas.

O futebol não pode ser um desporto para queques, VIPS, meninos de coro ou para apreciadores de croquetes.
 
 

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