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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

 

Depois de uma vitória muito difícil frente ao Rio Ave, jogo onde ficaram claramente à vista as limitações do plantel às ordens de Sérgio Conceição, que Porto contra o Inter no Giuseppe Meazza? Defrontando uma equipa forte e recheada de bons jogadores, logo, favorita, seria o campeão português capaz de sair de Milão com um resultado que lhe permitisse na 2ª mão, e com o apoio de um Estádio Dragão cheio, eliminar os italianos e seguir para os quartos-de-final? Saiu. A  eliminatória está em aberto, mas fica um certo sabor a injustiça. O F.C.Porto podia e merecia, teve oportunidades para isso, pelo menos ter empatado. Na Champions não há muitas oportunidades, quando as tens não podes falhar golos cantados.

Apoiado por mais de 5 mil adeptos - nada mau para um clube regional - e com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Marcano e Zaidu, Otávio, Grujic, Uribe e Galeno, Pepê e Taremi, quiçá o seu onze ideal - faltava saber como iriam reagir e quanto iam durar os que vinham de lesão -, o F.C.Porto competente e organizado em 4×2×3×1, concentrado defensivamente, pressionava bem e sempre que possível procurava sair para o ataque.
De uma perda de Grujic a meio-campo, o Inter ameaçou, Lautaro Martínez nas costas de Zaidu, cabeceou por cima. Era no sector intermediário, com Otávio pouco em jogo, a acusar a paragem, Uribe - melhorou muito e fez um jogão - e Grujic bem na cobertura, mas lentos a executar, que os portistas tinham mais dificuldades.
De um canto, os milaneses obrigaram Diogo Costa a uma boa defesa.
Tinham passado 20 minutos, ligeira superioridade dos pupilos de Inzaghi.
Passado esse período, melhorou o campeão, chegou mais perto da área adversária, mas uma desatenção defensiva ia sendo fatal, valeu Dzeko ter recepcionado mal.
Aos 37 minutos, F.C.Porto muito perto do golo, Onana a defender por instinto, um remate forte e com selo de golo de Grujic.
Aos 39 minutos o Inter pediu penálti, o árbitro não foi na conversa.
Um sururu italiano, valeu um cartão a Otávio, injusto e que viria a ser fatal, quando a culpa foi toda dos de Milão.
Um disparate de Zaidu, fazendo uma falta escusada, mão na bola, já no tempo de desconto, podia ter custado caro, valeu um excelente Diogo Costa.
 
Assim, primeira-parte repartida, equilibrada, mesmo nos lances perigosos junto das duas balizas. O intervalo chegou com o resultado em branco, justo para o que foi o desenrolar da partida.

Para a etapa complementar, mais do que tudo importava saber como se iriam comportar fisicamente alguns dos jogadores portistas, nomeadamente Otávio, Uribe e Galeno, os que estiveram de fora algum tempo por lesão. 
O jogo recomeçou com o F.C.Porto ao ataque, Uribe por cima da barra, mas depois voltou a ficar como na primeira-parte, equilibrado. Dos regressados Galeno foi o primeiro a acusar o desgaste, saiu, entrou Evanilson.
De repente, algumas desconcentrações dos portistas, Inter ameaçou, na resposta Taremi rematou fraco, podia ter feito melhor. Taremi que na jogada seguinte falhou clamorosamente a melhor oportunidade do jogo, desperdiçou um golo cantado. Como é possível rematar fraco e contra o guarda-redes, já perto da baliza e com a bola a saltar? Era só fuzilar. Estava melhor o F.C.Porto, podia ter-se adiantado no marcador ao minuto 56.
Após essa chance e até ao minuto 76, altura em que Otávio viu o segundo amarelo e foi expulso, mais Inter, perigo rondou a baliza de Diogo Costa, mas Taremi também voltou a cheirar o golo, rematou rente ao poste quando podia ter passado.
A partir daí e com mais um, os milaneses, pressionaram mais, F.C.Porto foi aguentando até ao minuto 86, altura em Lukaku sozinho a cabecear e a recargar, fez o único golo do encontro com o centro da defesa portista a ver.

Resumindo, fica a sensação que sem a expulsão de Otávio, o F.C.Porto que até aí não foi nada inferior e teve uma prestação muito meritória, podia ter conseguido outro resultado. É um resultado injusto para o conjunto de Sérgio Conceição. 

Saúde-se o regresso que quatro jogadores importantíssimos e que estiveram lesionados, Otávio, Uribe, Galeno e Evanilson. Com eles o F.C.Porto fica muito mais forte.
Agora é descansar bem e preparar o importante jogo do campeonato com o Gil Vicente.

Uma palavra final de elogio para os milhares de Dragões que estiveram em Milão. Fantásticos, antes, durante e após o jogo. 


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