domingo, 30 de abril de 2023
Depois da vitória do Braga frente ao Portimonense e Benfica frente ao Gil Vicente, ao F.C.Porto não restava outra alternativa, tinha de vencer o Boavista.
Com Diogo Costa, Manafá, Pepe, Marcano e Wendell, Otávio, Uribe, Eustaquio e Pepê, Evanilson e Taremi, os Dragões entraram a dominar, muita bola, laterais bem abertos, mas tudo muito lento, denunciado, pouco critério no último terço, mesmo quando saía em vantagem numérica para o contra-ataque. Apenas aos 14 minutos uma ameaça de golo, Otávio podia fazer melhor.
Nova ameaça passados 3 minutos, mas apenas isso. Era preciso aumentar o ritmo, pensar e executar rápido e melhor. Ninguém conseguia desequilibrar.
Aos 25 minutos livre em zona frontal, perto da área, mas agora o F.C.Porto não tem um especialista, bateu, mal, Taremi.
Muita parra, nenhuma uva, meia-hora perdida.
Aos 34 muito perigo junto da baliza de Diogo Costa.
Aos 41 amarelo para Taremi, por simulação.
Se dos livres já falamos, os cantos, outrora tão importantes, agora raramente são lances de perigo, são apenas bolas despejadas para a molhada.
O nulo ao intervalo era resultado justo.
Frente a uma equipa raçuda, bem organizada e defensivamente competente, era preciso outra qualidade de jogo, uma dinâmica diferente, mais rapidez na definição e contundência na zona onde se decidem os jogos.
Para a 2ª parte não regressaram Manafá, Eustaquio e Evanilson, nos seus lugares entraram André Franco, Toni Martínez e Galeno, Pepê recuou para lateral do lado direito.
O reinício foi muito mau, 10 minutos perdidos, Boavista melhor no jogo.
Aos 58 minutos num lance de confusão na área dos axadrezados, penálti sobre André Franco. Taremi adiantou o F.C.Porto no pior período da equipa de Sérgio Conceição.
Em vantagem era importante aproveitar o efeito do golo para melhorar, ir à procura do 2° golo, não ficar na expectativa, a gerir o resultado. Mas tudo continuava na mesma, pouco critério, muitos passes errados. Como corolário dessa desinspiração e num lance de total desconcentração, Marcano derrubou o jogador do Boavista que ia isolado, foi bem expulso, Porto com 10.
Saiu Toni Martínez e entrou Fábio Cardoso para compor a defesa, tudo mais difícil para o campeão, que continuava a não dar uma para a caixa. Para complicar, alguns jogadores em vez de jogar simples, soltar bem, não, queriam fintar meio mundo, perdiam a bola. O Boavista ameaçava, ameaçava, só restava sofrer.
Diogo Costa fez um pequeno milagre, após mais uma saída desastrada para o ataque.
Aos 88 entrou Grujic, saiu Taremi.
Aos 91, André Franco, completamente sozinho podia ter acabado com o sofrimento, atirou para os Super-Dragões.
Resumindo, valeu o resultado, injusto para o Boavista que fez um excelente jogo. Aliás, os do Bessa fizeram um dos melhores jogos da época, com uma vontade, um espírito digno de registo.
Bravo, Petit! Com esta atitude em todos os jogos estavas a lutar pela Europa.
Ando a dizer há meses, quem joga bem fica mais perto de ganhar, o F.C.Porto não tem jogado bem, tem ganho, mas sempre com dificuldades. Hoje foi uma tarde de grande sofrimento, uma exibição muito abaixo dos mínimos a uma equipa que corre atrás de uma desvantagem de 4 pontos e só lhe resta ganhar e ganhar.