sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Após as saídas de Fábio Vieira e Vitinha, o FCP precisava de dois médios de qualidade já na época passada. Com a saída do Uribe, conhecida há meses, ficou a precisar de mais um, a equipa está a trabalhar desde o dia 7 de Julho, um, Nico González, veio há 5 dias, outro, Alan Varela, ainda não veio, é uma novela sem fim à vista.
Dito isto...
Há quem acuse alguns de só saberem dizer mal, criticar tudo, para esses nada está bem. Não é, manifestamente, o meu caso. Procuro sempre ser sensato, equilibrado, justo e dentro das minhas modestas possibilidades sempre defendi e defendo o FCP contra tudo e contra todos. Mas este portista que comeu o pão que o diabo amassou, durante uma seca de dezanove anos, que fez muitos sacrifícios pelo FCP em tempo de vacas magras, em que para ir ver o FCP a Lisboa se demorava mais de seis horas, que nos poucos jogos que eram à semana e à noite, também em Lisboa, ir ver o FCP significava uma directa para o trabalho - apenas um exemplo, FCP vs Schalke 04, disputado na Luz por interdição das Antas -, não recebe lições de portismo de NINGUÉM - muito menos daqueles que agora, cheios de mordomias, batem no peito a apregoar portismo e julgam-se os puros. Este portista acha que a crítica objectiva, construtiva e feita com respeito pela Instituição e quem a dirige, faz todo o sentido, devia ser encarada como positiva, para somar e não para dividir.
Este portista também acha que nem sempre correu tudo bem, tivemos dificuldades, problemas, enfiamos barretes, mas também fomos considerados um verdadeiro caso de estudo pela forma como contratávamos, valorizávamos, vendíamos. Agora é esta tristeza, este arrastar de alguns processos que deviam estar resolvidos em tempo útil e nem com luvas de pelica se pode tocar na gestão?
Sou do tempo das tertúlias do Bom Dia, do Velasquez - também existia a da Petúlia, Orféu, mas essas conheci mal...-, das concentrações junto às antigas bilheteiras ou junto ao departamento de futebol nas Antas, nunca aqueles que nesses locais falavam sobre o FCP foram considerados menos portistas e de alguns desses locais até saíram muitos para servir, como amadores, o FCP. Os tempos são outros, agora existem as redes sociais, muitos portistas pertencem a grupos, ali trocam ideias, partilham a paixão pelo azul e branco, mobilizam-se para apoiar o FCP e não apenas no futebol...
Depois há os que acham que está sempre tudo bem, mesmo quando é óbvio e entra pelos olhos dentro que não está. Para muitos desses o bom portista é apenas aquele que canta Pinto da Costa allez, Pinto da Costa allez, allez, viva o Rei, longa vida ao Rei.
Porque conheço a história, porque tenho décadas de associativismo e portismo praticado, e tenho memória, reconheço a grandiosidade da obra, mas ninguém está acima do FCP, ninguém é o FCP - dirigentes, treinadores ou jogadores. Acima do FCP só os sócios/adeptos. Esses são a sua essência, a razão da sua existência.