Nesta longa caminhada a acompanhar o FCP já tive momentos de tristeza, desilusão, frustração com origem nos resultados - aquela derrota frente à Juventus na final da Taça das Taças em Basileia, por obra e graça de um Prokop de má memória, ainda está bem presente -, mas quando acontecia, logo a campainha tocava e lá vinha a voz de fundo dizer, "Então o lema, coitados daqueles que caindo, ficam prostrados, incapazes de se levantar?" ; "Então as tantas e tão grandes alegrias, algumas para além do sonho?" e tudo passava. Mas aquilo que verdadeiramente me deixava incomodado, revoltado, zangado, até irado, impotente por não ter os meios, ser capaz de lutar contra isso, era forma como ao longo dos tempos o FCP é tratado, as constantes injustiças de que era vítima. Por uma comunicação social facciosa, sectária, incapaz de reconhecer o mérito e a competência, mais que provada e que entrava pelos olhos dentro, lá vinha muitas vezes o sim, mas... Esses sentimentos também tiveram expressão nos Donos/Porcos da bola, na penhora das Antas, na construção do Dragão, nos apitos, Dourado e Final e na miserável tentativa de afastar o FCP campeão, com mais de 20 pontos de avanço, da Champions League, por exemplo.
Tenho os mesmos sentimentos agora, quando pela primeira vez em mais de 40 anos o senhor presidente tem concorrência a sério e corre o risco de perder as eleições do FCP.
Aquilo que devia ser encarado como algo natural, um sinal de vitalidade próprio de uma grande Instituição como é o FCP, não foi, têm acontecido coisas que me desiludem profundamente. Então temos orgulho em sermos o mais democrático dos três chamados grandes e depois a concorrência eleitoral é um crime de lesa FCP? A possibilidade de amanhã haver uma mudança na liderança do FCP, fez emergir um JNPC que não é aquele que, mais que admirava, idolatrava. Um JNPC que respeitei e defendi sempre, com mais ênfase em momentos difíceis, momentos em que muitos dos que agora lhe estão próximos ficaram calados como ratos à espera de ver para que lado as coisas iam cair. Não me arrependo de nada, mas, repito, é com tristeza que assisto a comportamentos que nunca esperei acontecessem.