Factos:
1 - Pedro Proença foi vítima de uma agressão, comprovada, com danos físicos notórios, dois dentes partidos, houve participação policial e o agressor identificou-se como sócio e adepto do Benfica. Mais, alguém já conhecido da PSP por provocar desacatos e já tendo sido identificado por actos de violência, antes e no final dos jogos.
Pedro Proença é árbitro, muitas vezes acerta, algumas vezes erra, como foi manifestamente o caso do jogo F.C.Porto vs V.Guimarães, mas não é conhecido por andar, semanalmente, a provocar e insultar clubes, principalmente o F.C.Porto.

2 - Rui Gomes da Silva, dirigente e administrador da SAD do Benfica, foi vítima de uma agressão, não provada, não houve danos físicos, nem existiu participação policial. O paineleiro benfiquista ao contrário de Pedro Proença, é useiro e vezeiro em provocar, insultar denegrir a imagem do F.C.Porto, dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos.

Ambos os casos são lamentáveis, mas uma C.Social que não estivesse engajada ao clube do regime e sempre pronta a fazer-lhe todos os fretes, possíveis e imaginários, a qual dos dois casos teria dado mais destaque? Sem dúvida que o caso Pedro Proença, até por ser árbitro e este triste acontecimento poder ser condicionante para o futuro do agredido, mas não só, seria o que mereceria mais destaque. Não foi isso que aconteceu e não aconteceu por uma razão simples e que não admite dúvidas: num caso eram pretensos adeptos do F.C.Porto, os maus da fita, sempre os maus da fita e no outro era um adepto, sócio, do Benfica, o clube do regime, que para a opinião publicada, só tem virtudes. Uma vergonha!
Como tudo o que disse não fosse pouco, ontem assistiu-se a um carpir mágoas despudorado, cínico, hipócrita, género olhem para o que eu digo, não olhem para o que eu faço. O cúmulo do despudor e do cinismo, veio do Pasquim da Queimada, onde Santos Neves, suprema ironia, diz: "Clubite assim é... um monstro!" Como, importa-se de repetir?
Quem é o grande fomentador de muitos destes problemas relacionados com arbitragem?
"Xistra decide o que estava decidido"; "Benfica vai dar murro na mesa contra Benquerença"; "Benquerença ´trava` Benfica". Estes três títulos, todos com a mesma origem, são paradigmáticos e, quando o Secretário de Estado do Desporto mostra preocupação, é bom que comece a atacar esta questão do jornalismo rasca, sectário, faccioso, com dois pesos e duas medidas. Passam a vida a provocar o monstro e depois queixam-se? É a clubite, são os adeptos que fazem estas capas com os árbitros a serem apontados a dedo, como responsáveis por todos os males que afectam o clube da freguesia de Benfica?

Notas finais:
Parece que sou bruxo. Já aqui tinha dito que se fosse ao contrário o tratamento jornalístico seria diferente...

Na terça-feira de tarde enviei um e-mail ao Vítor Serpa, "director" da Bola, prometendo dedicar um pouco do meu tempo ao jornal, se o tratamento jornalístico ao caso Proença, não tivesse o mesmo destaque que teve o caso RGS. Como gosto de cumprir o que prometo...