domingo, 27 de novembro de 2011
Depois do Estado de Graça, um dos poucos programas da televisão pública, para mim imperdível, vamos lá falar do F.C.Porto /Braga. E como ganhamos, logo não são desculpas de mau pagador, começo por falar do árbitro. Artur Soares Dias protagonizou esta noite no Dragão, uma vergonhosa arbitragem e com nítido prejuízo do F.C.Porto. Lances faltosos iguais, critério disciplinar diferente, com amarelo para jogadores do Campeão, advertência verbal para os do Braga.

Depois de um grito de revolta em Donetsk que teve eco no universo azul e branco, naqueles que verdadeiramente gostam do F.C.Porto, independentemente de quem treina, dirige ou joga, era importante que frente ao Braga, a equipa portista desse continuidade e ganhasse. Melhor ainda, se à vitória juntasse uma exibição mais dentro das possibilidades e capacidades que esta equipa tem.

Ao intervalo ninguém mexeu e o F.C.Porto começou como a etapa complementar como tinha acabado a primeira. Dominador, esclarecido, bem organizado, podia e merecia aumentar o resultado. Não o conseguiu e com as duas alterações: saíram Defour - excelente jogo e saída que só pode ter sido por cansaço - e Djalma - belo jogo do angolano...-, para as entradas de Souza e C.Rodríguez, passando Moutinho a ter a missão que tinha cabido a Defour, o rendimento baixou e houve mais equilibrio, embora o S.C.Braga, verdade seja dita, nunca tivesse criado qualquer lance de perigo.
Equilibrio que durou apenas o tempo necessário para que quem entrou começasse a render ao nível de quem saiu. Quando isso aconteceu, o conjunto azul e branco voltou a ser superior, foi mais forte, contundente, marcou 2 golos - viu 1 ser mal invalidado -, tinha o jogo controlado e merecia acabar em apoteose, que só não aconteceu porque duas desconcentrações deram ao resultado um equilibrio que a exibição do Campeão não merecia.
Vitória importante, porque provou a melhoria física, técnica, táctica e mental da equipa. A partir de agora, com mais tranquilidade e com a confiança a aumentar, o conjunto de Vítor Pereira tem tudo para evoluir e começar a jogar o que está ao seu alcance. Mais, depois do desgaste causado por um jogo de grande exigência e daquela inacreditável viagem de regresso ao Porto que só terminou por volta das 9 horas do dia seguinte, a equipa esteve muito bem fisicamente o que confirma que mais que físico, o problema do F.C.Porto era mental.
Continuamos em primeiros e vamos em 50 jogos para a Liga, sem perder. Se fosse em outras latitudes, a propaganda não se calaria, como é o F.C.Porto apenas merece uma ou outra nota de rodapé. Não faz mal, estamos habituados, sabemos contra quem temos de lutar, são aqueles que quando o F.C.Porto ganha a sofrer é criticado, quando o clube do regime ganha da mesma maneira, são só virtudes, é o mérito de saber sofrer.
Deixe-mo-los pousar, vamos ver quem serão os coitados lá para Maio.