O jogo de ontem confirmou: no Dragão o F.C.Porto pode bater-se pela vitória mesmo frente às melhores equipas do Mundo. Uma segunda-parte notável, do melhor que vi no belo anfiteatro do F.C.Porto, a remeter-me para a época 2003/2004 e para o F.C.Porto - Manchester, sendo que este Chelsea é bem melhor que a equipa na altura treinada por Sir Alex Ferguson. Apenas nos minutos finais e numa reacção natural, a equipa de José Mourinho esteve por cima, podia ter empatado, mas seria uma grande injustiça para o conjunto de Lopetegui e também para os mais de 40 mil Dragões que tiveram um comportamento exemplar. Foi, pois, mais uma grande noite europeia, daquelas que trazem prestígio e colocam o F.C.Porto, mais uma vez, em destaque no mundo do futebol. Estamos felizes, orgulhosos, mas não eufóricos nem embandeiramos em arco. Porque não é o nosso estilo, porque o passado recente nos obriga a ser cuidadosos. Em condições normais esta vitória daria uma tranquilidade e uma confiança inabalável para o futuro, mas como Dragão escaldado de água fria tem medo, cautela e caldos de galinha...

Julen Lopetegui disse ontem no final do jogo: "O F.C.Porto tem sempre a mesma atitude e não se pode duvidar da atitude dos meus jogadores"; "Temos uma enorme vontade de ganhar cada jogo. Por vezes, as coisas não correm bem, comentem-se erros, mas a vontade dos rapazes é indiscutível".
O treinador do F.C.Porto saiu a terreiro na defesa dos seus jogadores, acho muito bem que o faça, só lhe fica bem. Mas e a título de exemplo, ontem, mesmo em vantagem e frente a uma equipa poderosa, nunca o F.C.Porto recuou para segurar a vantagem, nunca se entreteve a trocar a bola cá atrás, pelo contrário, procurou sempre marcar, chegou a encostar os ingleses às cordas e a defenderem-se de qualquer maneira, meteu muito gente na frente, criou chances mais que suficientes para não ter de passar pelo sofrimento daqueles minutos finais. Aqui, repito, mérito no Chelsea que como grande equipa que é, procurou com tudo o golo do empate nos minutos finais. Como explicar então Moreira de Cónegos e em particular aquela primeira-parte? Na segunda, não jogando bem, longe disso, a equipa teve mais vontade, mais determinação, mais oportunidades para marcar. É óbvio que depois de chegar à vantagem ao minuto 83, custou muito sofrer o golo do empate e perder 2 pontos, mas aí foi por desorganização, desequilíbrios e não falta de atitude.

Não sei se se lembram, mas em Março deste ano fiz um post com o título:Mentalidade Champions versus mentalidade campeonato, onde procurava explicações para o comportamento diferente da equipa do F.C.Porto nas duas provas. Esta temporada, quer queiramos quer não, mesmo que a mensagem de dirigentes e técnicos, seja que a grande prioridade é o campeonato, continua a haver um Porto para consumo interno e outro para consumo externo. E não vai ser fácil mudar essa motivação e essa maior apetência pela visibilidade que dá a prova rainha da UEFA e a competição entre clubes mais importante do Mundo. Também não nos podemos esquecer que sendo o F.C.Porto um clube de Champions e dos que conta com o maior número de participações; com um modelo desportivo que assenta nas receitas da Champions; muitas vezes só conseguimos cativar determinados jogadores graças a essa participação - várias vezes acima da média e com grandes resultados desportivos; é natural que no subconsciente dos profissionais do F.C.Porto seja a Champions a prioridade.
Mudar esta mentalidade, incutir nos jogadores - não em todos...- que temos de encarar todos os jogos com a mesma atitude e o mesmo espírito, é o grande desafio que se coloca a todos no F.C.Porto. Como disse no post de ontem, metade daquele Porto que derrotou o Chelsea, chega e sobra para a grande maioria dos jogos em Portugal.

Notas finais:
A FPF não esteve ontem no Dragão, nunca está, por exemplo, na fase de qualificação para o Euro 2016, mais os particulares, andaram sempre longe do Porto. Portanto nada de novo, não admira que prefiram outras tribunas. Fernando Gomes também não é uma surpresa, é mais um portuense e portista deslumbrado pela capital do império falido, que esquece as raízes, o clube a quem deve tudo. A desculpa que a FPF esteve representada no F.C.Porto - Chelsea, por um vice-presidente, Elísio Carneiro, é curiosa. Quem conhecia o senhor?

O BATE Borisov a tal equipa fraquinha, fraquinha, pior que o Astana, ontem ganhou à Roma. Como é possível? Na época passada jogavam de chancas e passado um ano já cometem uma proeza destas? E ainda por cima estamos em Setembro, não há frio nem neve em Borisov...

Se eu não tivesse visto o jogo de ontem e apenas visse o resumo que a querida RTP transmitiu no Jornal da Tarde, até era levado a pensar que o resultado foi um a grande injustiça para os londrinos, quando o F.C.Porto ganhou com toda a justiça. A propósito, ouvindo o Zé Mourinho dizer que tudo se resumiu a dois erros ridículos dos seus jogadores, até parece que o F.C.Porto esteve sempre encolhido, não jogou nada, beneficiou da sorte do jogo.
- Tu sabes que não foi nada disso, pois sabes, Zé?

Várias vezes Paulo Teixeira Pinto bicou Lopetegui por não apostar desde já em André Silva. O jovem ponta-de-lança do F.C.Porto foi vítima de uma entrada que o arrumou por várias semanas, pois PTP nem uma palavrinha sobre o assunto deixou nos seus artigos de sexta e sábado.

Confesso que ontem no F.C.Porto-Chelsea a contar para a Youth League, quando aos vinte e poucos minutos o F.C.Porto perdia por 0-3, temi o pior... mas a reacção da equipa de António Folha foi extraordinária, chegou ao empate e podia ter ganho no fim. Parabéns!

Como abordar este jogo, esta exibição e esta grandíssima vitória, frente a uma grande equipa, com meia dúzia de craques do melhor que há no Mundo? Que somos uma equipa de Champions, só na prova rainha da UEFA, tal como aconteceu na época passada, vemos o melhor Porto? Um Porto capaz de aguentar 90 minutos a um ritmo alto, com um alma, uma raça, um espírito de sacrifício e uma qualidade de jogo que raramente vimos no campeonato português? Um Porto que jogou olhos nos olhos com o campeão inglês e mostrou argumentos para não ter de sofrer tanto para garantir de forma justíssima os 3 pontos e o milhão e meio de euros de prémio de vitória. Alguém tem dúvidas que metade deste Porto, ganha 95% dos jogos em Portugal? Em quatro dias o treinador passou de besta a bestial? Porque não me venham com histórias, se hoje houve muito Porto, não foi, apesar de Lopetegui, porque isso é má-fé, foi com Lopetegui e com a equipa. O grande desafio que se coloca ao grupo e ao seu líder, é acabar com o sobe e desce, não podemos ter vitórias que nos colocam nos píncaros da fama no futebol europeu e mundial e passado uma semana ter prestações que nos fazem corar de vergonha e com uma frustração difícil de digerir.

Uma primeira-parte equilibrada, mas com a equipa de Mourinho a ter as melhores oportunidades. Valeu Casillas, para que os ingleses não se adiantassem no marcador, não porque estivessem a jogar melhor, mas porque aquele triângulo, centrais mais Danilo, nunca percebeu como podia travar os versáteis jogadores do Chelsea, Willian, Cesc Fabregas, Pedro e principalmente, Diego Costa que aparecia em todo o lado. Mas se os londrinos tiveram essas oportunidades, nunca os Dragões deixaram de replicar, de ousar, de procurar criar dificuldades, de chegar à frente com perigo e quando marcaram já ninguém podia dizer que era contra a corrente de jogo. Não, quando André André fez 1-0, após grande jogada de Brahimi, já o conjunto de Julen Lopetegui estava por cima, jogava bem, entusiasmava. Quando em mais uma hesitação, Ramires recuperou a bola, foi derrubado e da falta Willian empatou em cima do minuto 45, foi um grande balde água fria. Pelo que tinha feito até aí, o F.C.Porto não merecia essa amarga penalização. Ainda bem que o público do Dragão reconheceu a boa prestação da sua equipa e tributou-lhe uma grande salva de palmas.

Na segunda-parte, rectificado o que era preciso, os azuis e brancos arrancaram para uma exibição de tal forma consistente, constante, empolgante, com uma qualidade de jogo acima da média e nunca vista esta época. Maicon fez de cabeça o 2-1 e colocou justiça no marcador. Depois desse golo, é verdade que Diego Costa mandou uma bola à barra e aí a sorte protegeu o F.C.Porto, mas foi uma sorte merecida, o F.C.Porto era a melhor equipa,  causava graves problemas ao Chelsea. Em vantagem os portistas não recuaram, pelo contrário, com o apoio do publico lançaram-se para a frente numa avalanche de ataques, em que o golo da tranquilidade esteve várias vezes à vista. Com vários lances em que o 3-1 só por milagre não surgiu e como no futebol muitas vezes quem não marca e mata, sofre e morre, os minutos finais foram de grande sofrimento. Foi um sofrimento que os portistas, treinador, equipa e adeptos não mereciam. Mas felizmente acabou tudo bem, com uma grande vitória de um Dragão de chama alta, numa noite, mais uma, em que o F.C.Porto se prestigiou e prestigiou um futebol português que não o merece.

Houve exibições monstruosas, mas quando todos dão 2 litros, mostram um atitude, uma alma, raça e espírito Porto, SEM IGUAL, não é justo destacar ninguém. Apenas perguntar: este Porto, é para valer, malta?

Notas finais:
Apesar da desilusão de Moreira de Cónegos, mais uma enchente no Dragão, os portistas não abandonaram a sua equipa. Hoje, momentos houve em que a equipa puxou pelos adeptos e eles corresponderam como há muito não se via e mais, nunca se ouviram assobios, mesmo em alguns momentos difíceis.

Não sei se o último lance Marcano cortou a bola com a mão e ficou por marcar um penalty contra o F.C.Porto, ainda não vi imagens do lance, mas se foi ainda bem que não marcou, porque durante o restante tempo de jogo apitou sempre a favor do seu amigo Mourinho. E por falar em Mourinho, custou-lhe muito a digerir esta derrota, mas não tem de que se queixar, hoje o F.C.Porto foi melhor. E continua sem ganhar no Dragão como treinador adversário.

Temos tempo para falar da FPF e de outras coisas, amanhã, hoje é para festejar um grande triunfo do nosso clube que recebeu, recebemos, a melhor e mais saborosa das prendas.
São estes jogos e estas vitórias que nos enchem o ego e nos deixam cheios de orgulho

 
Como não gostamos de fazer papel de coitadinhos, dizer que importante é o campeonato, mesmo sendo o Chelsea uma equipa de qualidade, recheada de craques e campeão inglês, queremos ganhar. Sabemos das dificuldades que temos pela frente, como disse ontem, da montanha que temos de escalar, mas queremos ganhar. Sabemos que este jogo vai exigir muito de nós e temos de estar preparados para todos os itens que comportam um jogo de futebol, desde a concentração que tem de ser absoluta até a ritmos altos, que só encontramos na Champions, mas queremos ganhar. Sim, porque nestes jogos nada temos a perder. Eles são considerados favoritos, nas casas de apostas a sua vitória dá pouco dinheiro, mas terão de provar o favoritismo dentro das quatro linhas. É essa, apenas essa, a nossa obrigação. E para que essa obrigação seja cumprida, é necessário um Porto ambicioso, obviamente, mas equilibrado, organizado, rigoroso, um Porto que se tiver de perder perca porque ousou ganhar, não perca porque teve receio, medo do bicho papão. Ao fim e ao cabo, um Porto que honre a sua fantástica História. Nada como um adversário deste calibre para ultrapassar a tristeza e a frustração do mau resultado no jogo anterior.
Espero também que os adeptos cumpram a sua obrigação de apoiar a equipa. O F.C.Porto está acima de tudo e de todos. É bom saber que só faltam vender 3.500 bilhetes...

Para o menino F.C.Porto que festeja hoje o 122º aniversário, extensivo ao seu filho mais novo, o Museu que festeja o 2º:
«Dúvida? Não, mas luz, realidade,
e sonho que na luta amadurece:
o de tornar maior esta Cidade
eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não sente
o ardor da juventude
poderá vê-la de olhos descuidados,
Porto - palavra exacta, nunca ilude
renasce nela a ala dos namorados.
Deram tudo por nós esses atletas
seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos Poetas
ó fé de que andam nossas almas cheias
não há derrotas quando é firme o passo
ninguém fala em perder, ninguém recua
e a mocidade invicta em cada abraço,
a si mais nos estreita: a Pátria é sua!
E de hora a hora cresce o baluarte
vejo a Torre dos Clérigos às vezes,
um anjo dá sinal quando ele parte
são sempre heróis, são sempre Portugueses
e azul e branca, essa bandeira avança
azul, branca, indomável, imortal
como não pôr no Porto uma esperança
se "daqui houve nome Portugal"?»
Aleluia, poema de Pedro Homem de Melo

O árbitro é o espanhol Antonio Mateu Lahoz, tendo como assistentes Pau Cebrián Devís e Roberto del Palomar, como assistentes adicionais Javier Estrada e Alejandro Hernandez e como quarto árbitro, Miguel Martínez, também todos do país vizinho.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Casillas e Helton;
Defesas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi e Layún;
Médios, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Bueno, Evandro, Imbula, Danilo e André André;
Avançados, Corona, Tello, Aboubakar, Dani Osvaldo e Brahimi.

Equipa provável: Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Layún, Danilo, Rúben, Imbula e André André, Corona e Aboubakar

Antevisão de Julen Lopetegui:
"Espero um bom árbitro, profissional. Este vai ser um jogo contra uma equipa jogadores e treinador de máximo nível"

"O jogo do Moreirense é história, o que interessa é o presente e o futuro. Não olhamos para trás, olhamos para a frente e para o jogo com o Chelsea. Queremos ser protagonistas, fazer um grande jogo e chegar aos nossos limites, que é o que nosso adversário nos vai exigir. Ninguém nos tira a ambição com que encaramos este jogo"

"Casillas é um jogador de equipa e está encantado de estar aqui. Trouxe muita motivação à equipa"

"Casillas vs Mourinho. Isso não tem importância. O jogo e a competição exigem o máximo de nós, esses temas são mais para vocês; internamente nada mais nos motiva para lá do jogo."

"Estamos num sítio magnífico, no Museu mas temos de estar é focados no que vamos fazer amanhã, em fazer bem as coisas"

"Vamos ver como está Brahimi amanhã para tomarmos decisões sobre a sua utilização"

"Não gosto de estatísticas porque não nos ajudam em nada. Não ajudam porque está no passado e a nós só nos interessa amanhã. O que fizemos não nos ajuda para amanhã. Estamos focados no nosso trabalho e na nossa determinação."

Antevisão de Maicon:
"Sabemos que vai ser um jogo difícil, que o tem qualidade e vamos defender bem"

"Esperamos um adversário forte, sabemos que tem grandes jogadores. Vamos estar preparados para dar o máximo amanhã"

"A preparação é a mesma de sempre. Tenho de estar concentrado o máximo possível e amanhã não vai ser diferente"

 "Não há favoritismo nenhum. Vamos estar fortes mental e fisicamente e vamos fazer o nosso trabalho, dar o nosso melhor"

"Diego Costa? Cada qual tem o seu estilo"

"Gostava de marcar amanhã, mas o importante é que a equipa ganhe"

"Amanhã é um jogo importante e se conseguirmos vencer é um passo importante. Pensamos num passo de cada vez"

Lopetegui não gosta de estatísticas, mas nós gostamos:

O F.C.Porto esteve mal em Moreira de Cónegos, empatou, desperdiçou dois pontos de forma inadmissível. O Sporting, jogando depois e tendo oportunidade de se isolar no comando da classificação, não fez melhor no Bessa e também empatou. Foi uma jornada boa para o clube do regime, mesmo que ainda vá a dois pontos da liderança. Sim, porque também teve um deslize grave quando perdeu, em Aveiro, note-se e sublinhe-se, com o Arouca. Conclusão: a vida não está fácil para os clubes grandes, mais por culpa própria que por uma significativa melhoria dos clubes mais modestos - como já disse muitas vezes, mas repito, no futebol actual já não há lugar para amadorismos, todos os clubes trabalham bem e, ou os mais fortes igualam os mais fracos na vontade, determinação, espírito de luta e de sacrifício, para que depois a sua maior valia individual e quase sempre, colectiva, venha ao de cima, ou surpresas destas tenderão a acontecer muito mais vezes. Dito isto, é preciso dizer que há diferenças na forma como os adeptos e até os clubes, encaram estes desaires. Os portistas ficam revoltados com a sua equipa, destratam jogadores, treinadores e até dirigentes, olham primeiro para dentro, só perante arbitragens muito mazinhas se desculpam com os erros do árbitro. Já os dois rivais sulistas e em particular o Not Sporting Lisbon - o outro tem tanto colinho que não tem razões para se queixar. Mitroglou até já ficou a saber que pode cortar a bola com a mão dentro da área que não há problemas - quando não ganha, como se viu ontem, mobiliza presidente do clube, líder da AG, treinador, faz um grande filme e depois conta com a distribuidora, Lixeira Desportiva da Cofina, mas não só, para vender o filme. É uma ideia que devemos explorar: Porque não fazer um filme quando as coisas nos correm mal?

Conclusão: a jornada não correu bem, mas podia ter corrido pior. Como disse no post anterior estou cansado para este sobe e desce e por isso não vale e pena repetir que não podemos andar constantemente entre expectativas altas e frustrações que deixam marcas. Mas também não vale a pena andarmos sempre a fustigar-nos, não há tempo para isso. Depois de amanhã há uma montanha para escalar e só a escalaremos com sucesso se estivermos unidos em torno da equipa e a apoiarmos. Sim, porque Ser Porto é isso e não, o minha teoria está certa, o treinador não serve, aquele jogador não presta, etc. e tal.

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo de ontem, alguém perguntou a Julen Lopetegui se a equipa do F.C.Porto era bipolar, se há um Porto no Dragão e outro fora dele. O treinador respondeu que não, que a sua equipa é previsível, joga sempre da mesma maneiro em casa ou fora. Até pode ser assim, salvo raras excepções, nunca vi o Porto mudar tudo em função dos adversários, mesmo os mais fortes, mas a forma como encara os jogos, essa, por mais que Lopetegui não queira ver ou não concorde, é bipolar. Temos vários exemplos da época passada, mas nem é preciso recuar até 2014/2015, basta ver o que já aconteceu esta época.
Vemos a equipa a não ser brilhante, mas ter raça, alma, crença, acreditar e lutar até ao fim, ganhar ao Benfica e pensamos: esta época nada vai ser igual, há um espírito e uma mentalidade diferente. Entretanto, ainda escaldados com vários exemplos na temporada anterior, vamos alertando que a postura tem de ser sempre a mesma, independentemente dos adversários. Nem foi preciso esperar muito, bastou apenas uma semana e está de volta o "velho" Porto, um Porto relaxado, displicente, desconcentrado. Apanha-se a ganhar cedo e depois em vez de ir à procura do segundo e para isso colocar pressão, intensidade, velocidade no jogo, o que vimos? O "velho" Porto, o que tem muita posse, 72%, muito domínio, mas tudo muito devagar, muito repetitivo e a conseguir até ao intervalo apenas uma meia oportunidade. Depois de sofrer o empate houve reacção, seria o cúmulo se não houvesse, mas aí já foi tudo muito precipitado, muito coração e pouca cabeça. Mesmo assim ainda deu para chegar novamente à vantagem, só que depois com 5 avançados, 4 defesas e apenas um médio, a equipa recuou demasiado, não para o meio-campo, mas para o último terço, raramente teve bola, passou a dar chutões para ninguém, permitiu cruzamentos já próximo da área, num deles sofreu o golo e perdeu de forma inacreditável dois pontos.
Resumindo, quando parecia que tudo ia ser diferente, os erros do passado estavam definitivamente ultrapassados e tínhamos tudo para encarar o futuro com optimismo, lá foi a confiança e a tranquilidade, tudo volta ao princípio. Confesso, estou cansado para este constante sobe e desce.

Notas finais:
Se eu não tivesse legitimidade para dizer o que vou dizer de seguida, ficava quieto, porque não sou apologista de fazer prognósticos no final do jogo, dizendo entrou o Quim devia ter entrado o Manel, o Tono esteve tempo a mais no campo... mas como tenho e já ando por aqui há muitos anos, sei que não é por ter muitos avançados que se ganham jogos. Ganhámos ao Benfica quando quase toda gente assobiou Lopetegui por ter tirado Aboubakar e metido Osvaldo, ontem, para não ser novamente assobiado, Lopetegui deixou de ser fiel às suas ideias, optou por ter os dois ao mesmo tempo e como já tinha Tello, Varela e Corona, foi uma anarquia, um caos, não foi por ter muita gente na frente que o golo surgiu, depois do golo nem é bom repetir o que aconteceu... Não é um bom sinal.

Quando Brahimi apareceu no F.C.Porto as suas jogadas não eram conhecidas, surpreendeu. A partir de certa altura, como os adversários não andam a dormir, o argelino passou a ter mais dificuldades, era preciso variar, inovar, não insistir em receber a bola, interiorizar ou rodopiar, nunca aproveitar as descidas do lateral. Já tinha falado disto várias vezes na época passada, também já tinha tocado no assunto nesta, o que é facto, Alex Sandro desesperava, desespera agora Layún. O mexicano sobe, sobe, sobe, pede tabela, vai para o espaço por fora e para quê? Para nada!, Brahimi raramente joga com ele. Paulinho Santos jogava muitas vezes a lateral-esquerdo. Brahimi está a precisar de ter um lateral do seu lado, tipo Paulinho... O F.C.Porto aumentou o valor da cláusula de rescisão do internacional argelino, certamente para o valorizar... mas até pode passá-la para 100 milhões, ou o Brahimi muda a sua maneira de jogar ou não há valorização possível. Será que esta análise é errada e sou apenas eu que vejo?

Herrera, não é o melhor jogador do mundo, mas é muito melhor do que este que se arrasta no campo. É um Herrera sem raça, sem alma, sem alegria, um médio que devia aparecer muito mais próximo dos avançados, mas está sempre mais próximos dos defesas. Curiosamente, também Herrera viu o contrato aumentar no tempo e acredito, na massa salarial. Estranho este Herrera tão triste e tão pouco capaz.

Maicon, concentrado, é um defesa fiável, cumpre bem as suas funções. Mas quando não é assim... é complicado! A forma como abordou o lance do 1-1, a forma como depois abordou outro lance já no final do jogo, que só não deu golo porque Casillas fez uma grande defesa e já nem falo no lance do 2-2 - aí acredito, já não estava nas melhores condições físicas -, fazem de Maicon um jogador capaz do melhor e do pior no mesmo jogo. A um defesa, mais que marcar golos, pede-se que os evite.

Depois do Benfica e antes do Chelsea, este jogo de Moreira de Cónegos era um bom teste à mentalidade competitiva do F.C.Porto. Nestes jogos, mesmo que o adversário tenha a lição bem estudada e faça um bom jogo, só há surpresa se o mais forte não for competente, não tiver a atitude e o espírito correcto ou então muito azar e uma arbitragem a favorecer o mais fraco. Assim, a questão era: estaria o conjunto de Julen Lopetegui totalmente focado no Moreirense, penúltimo classificado e com apenas 1 ponto? Ou embalado pelo triunfo frente ao clube do regime e já com a cabeça na Champions League, teríamos um Dragão displicente, relaxado, de serviços mínimos, à espera que acontecesse e não a fazer acontecer? Foi o pior Porto, um Porto lento, adormecido, displicente, uma recaída que não permite uma sequência de resultados positivos que dão confiança e tranquilidade. Foi uma vergonha, a forma como depois de ter chegado ao 2-1 e já a poucos minutos do fim, o conjunto de Lopetegui nunca mais foi capaz de ter e segurar a bola, sair do seu meio-campo. Recuou como se fosse uma equipa pequena, nunca pressionou, deu a iniciativa ao Moreirense que ameaçou, só não marcou porque Iker Casillas fez uma grande defesa, mas marcaria já no fim, castigando uma exibição para esquecer do F.C.Porto, em particular nos primeiros 45 minutos.

Com apenas três alterações em relação à equipa que entrou de inicio na jornada anterior, Danilo, Herrera e Osvaldo nos lugares Rúben Neves, Imbula e Aboubakar, o F.C.Porto com Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Layún, Danilo, Herrera e André André, Corona, Osvaldo e Brahimi, na primeira-parte, mesmo dominando e tendo uma grande percentagem de posse de bola, jogou pouco, valeu apenas o golo de Maicon num livre exemplarmente executado e quando iam decorridos 17 minutos. É verdade que o Moreirense estava estava muito atrás, raramente saía para jogar, mas faltou intensidade, dinâmica, capacidade para acelerar no último terço. E com Herrera sem rotação e muito recuado, Brahimi muito individualista - inacreditável as quantidade de vezes que Layún se solta no espaço e a bola nunca lhe é passada...-, Corona com pouco espaço, Osvaldo esteve sempre desamparado, nunca foi servido em condições, quando foi, criou um lance que podia ter sido golo, valeu a boa estirada de Stefanovic.
Resumindo, Dragões pouco inspirados, pouco agressivos, estavam justamente na frente, mas esperava-se muito mais. Já sobre o final dos 45 minutos, Brahimi lesionado deu lugar a Varela.

No início da segunda-parte, como que a castigar a pasmaceira portista dos 45 minutos iniciais, o Moreirense empatou, com uma jogada pelo centro de defesa e contando com a complacência dos centrais e médios portistas. Reagiu como lhe competia o F.C.Porto, acelerou um bocadinho, encostou a equipa de Miguel Leal lá atrás, mas mesmo tendo duas ou três boas oportunidade, nunca foi uma equipa mandona, clarividente, esclarecida, contundente. Ainda chegou à vantagem, mas pelas razões expostas em cima, nem a diferença mínima foi capaz de aguentar. Lamentável!

Nota final:
Está mais que visto, esta equipa não dá motivos para grandes optimismos. Nós bem queremos acreditar, mas logo de seguida levamos com um balde de água gelada que nos coloca na realidade e a realidade é esta: depois de uma boa vitória, vem um empate comprometedor. Há pontos que não se podem perder.
Hoje em Moreira de Cónegos e mais uma vez, o F.C.Porto só teve adeptos.

Ao contrário da época passada onde foi uma das boas surpresas do início do campeonato, da primeira-volta e conseguiu a manutenção nas calmas, esta época o conjunto orientado por Miguel Leal tem tido uma entrada para esquecer: é penúltimo, em 5 jornadas, tem apenas 1 ponto. Em vésperas de Champions e de receber o Chelsea, com tudo o que isso significa, encarar o jogo de Moreira de Cónegos de forma relaxada, subestimar o adversário, facilitar, pensar que a vitória são favas contadas, é algo que em nenhum momento pode passar pela cabeça dos profissionais do F.C.Porto. E por isso, sabendo que muitas vezes é nestes jogos que há as maiores surpresas; e que num campeonato desequilibrado, é importantíssimo  conquistar os 3 pontos contra as equipas teoricamente mais fracas; pede-se aos Dragões a mesma atitude e o mesmo espírito de domingo passado. Somos bem melhores e naturalmente favoritos, mas temos de o provar na prática. Sem arrogância, com competência, confiança e tranquilidade, vamos iniciar este novo mini-ciclo, Moreirense, Chelsea e Belenenses, com uma vitória.

O árbitro é Vasco Santos, auxiliado por Sérgio Jesus e Bruno Trindade

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Casillas e Helton;
Defesas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi e Layún;
Médios, Rúben Neves, Herrera, Imbula, Danilo e André André;
Avançados, Corona, Tello, Varela, Aboubakar, Dani Osvaldo e Brahimi.

Equipa provável: Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Layún, Danilo, Herrera e André André, Varela, Dani Osvaldo e Tello.

 Antevisão de Julen Lopetegui:
"O mais importante é saber que cada jogo tem a sua dificuldade e as equipas treinadas por Miguel Leal são trabalhadoras"

"Não dou muita importância a estatísticas. Interessa-me é focar no presente, que é o Moreirense e conseguir os três pontos"

"Casillas veio dar qualidade e competitividade na baliza, mas também estamos encantados com Helton e Gudiño"

"Somos uma equipa previsível, porque tentamos ter a iniciativa, fazer coisas parecidas em casa e fora e ganhar todos os jogos"

"Preparamos os jogos um a um. Focamos a nossa energia e trabalho em cada jogo"

"Parece-me uma média exagerada de amarelos para o Maxi. São pormenores que não estão no nosso foco"

"Estamos focados em analisar o rival de amanhã e as dificuldades que vamos ter. As outras análises deixo para os jornalistas"

"Respeito muito o Ricardo Quaresma, é um rapaz que gosta muito do FC Porto. Ele tomou a sua decisão e não tenho mais nada a dizer"

Estatísticas dos confrontos entre Moreirense e F.C.Porto:
FC Porto irá pela 6ª vez defrontar o Moreirense na I Liga. Pese embora os anteriores resultados apresentarem um saldo positivo, com 3 vitórias dos Dragões e 2 empates, as visitas a Moreira de Cónegos não tem sido fáceis. Mourinho em 2002/03 na temporada do "triplete" ali empatou. Posteriormente numa época desportiva anormal, em 2004/05, um empate em Moreira de Cónegos na 32ª Jornada e o empate no Dragão com a Académica na derradeira Jornada, impediram o FC Porto de se sagrar Campeão Nacional em 2005.

Porque não admito que um ratinho de esgoto, sujo e ordinário, como Rui Gomes da Silva, coloque em causa o trabalho, suor e profissionalismo dos jogadores do F.C.Porto; porque já não é a primeira vez que esse troglodita envereda por esse caminho - ver aqui; é o momento de lhe responder na mesma forma, no mesmo tom e directamente.

1 - Um dirigente de um clube que tem um histórico de casos de doping inigualável no desporto português - António Tavares, Nuno Assis, António Veloso, Hernâni, Paulo Barata, Sérgio Ribeiro...-, precisa de ter uma grande lata, nem um pingo de vergonha na cara, para vir dizer que o F.C.Porto foi mais forte que o Benfica na segunda-parte, porque ao intervalo os seus jogadores tomaram alguma coisa ilegal. Para além de ignorância, o ratinho de esgoto  tem apenas o objectivo de denegrir o mérito da vitória do F.C.Porto. Mas também esconder a incompetência de quem trocou uma preparação normal de pré-época, por uma digressão inoportuna e de consequências imprevisíveis. Tudo em nome de um milhão de euros e não de um cachet milionário, como tentou passar a comunicação social do regime.

2 - Se para o ratinho de esgoto, sujo e ordinário, André Almeida devia ter arrumado à cotovelada o seu companheiro de profissão André André, então ninguém pode levar a mal que eu diga o seguinte: tenho muita pena que há anos atrás quando o ratinho foi agredido, não lhe tenham amassado o focinho todo, de forma que ele precisasse de fazer uma plástica. Mas atrás do tempo, tempo vem.

3 - Já sobre o que Aboubakar soprou ao ouvido de Luisão e ao contrário do que o ratinho afirmou, o camaronês não disse, o burro vai-me tirar, disse, Ó Luisão, tens lá um vice-presidente, o Rui Gomes da Silva, que é um boi. Isto foi-me contado por Aboubakar. O que não deixa de ter piada, o boi é um animal simpático... e entre burro e boi...

4 - O ratinho de esgoto, sujo e ordinário, também disse e na mesma linha do outro paineleiro benfiquista, o besuntão, Pedro Guerra, que o F.C.Porto contestou todas as nomeações, com excepção de Artur Soares Dias. Mentira! Ninguém do F.C.Porto se pronunciou sobre nomeações, Julen Lopetegui nas antevisões e às perguntas sobre os árbitros nomeados para os jogos da sua equipa, limitou-se a desejar boa sorte e que fizessem um bom trabalho. Portanto, o ratinho, também é um mentiroso. O que não admira, basta olhar para o passado tenebroso desta triste figura.

Nota final:
Citando o ratinho sujo e ordinário: Conflitualidade? Não a desejo, mas não a temo!
Se ele com as responsabilidades que devia ter, mas não tem, ultrapassa todos os limites e acha que pode insultar e denegrir à vontade o F.C.Porto e os seus profissionais... pode tirar o cavalinho da chuva. Não tenho a visibilidade nem os meios que o ratinho de esgoto, sujo e ordinário, tem, mas já tenho alguns. E a partir de agora, ratinho Rui Gomes da Silva, também vai ser olho por olho, dente por dente. Tocas, nem que seja com luva de pelica, levas a resposta.

Festejos do Penta com André André em grande plano, à esquerda. O puto que tem as estrelas na cara, dizem que ainda era melhor, também tinha futuro, mas passou ao lado de uma grande carreira...

André André é o homem do momento, não há como fugir a isso. E como ele não é do tipo que se põe em bicos dos pés ou dado a endeusamentos, falar dele de forma elogiosa, não é um problema, não é por isso que ele vai deixar de ser o jovem humilde e dedicado, um profissional exemplar, um Dragão que deixa tudo em campo. Conheci e admirei o pai, António André, o meu O meu nº6 - trinco - de eleição, estive e reler as suas entrevistas à Revista Dragões - vejam até que ponto os dirigentes do Benfica, no passado como agora, são todos Rui Gomes da Silva. Muito pequeninos! - e vejo no filho tantas semelhanças quer na forma como joga, quer na forma como fala e sente o F.C.Porto e mesmo no percurso até chegar ao clube de sonho, que lhe auguro uma carreira muito parecida com a do pai. E nem preciso de dizer mais nada. Há jogadores que não enganam, em que podemos apostar singelo contra dobrado. André André é um deles. Sendo eu um grande fã de António André e porque acredito que quem sai aos seus não é de Genebra, é das Caxinas, é o melhor elogio que lhe posso fazer.
Tal como André André disse após receber o prémio de MVP do F.C.Porto - Benfica, na escolha dos adeptos portistas, o Benfica fica já é passado, concentração e enfoque total no Moreirense. Ganhar ao clube do regime sabe sempre muito bem, mas só vale 3 pontos. E quem quer ser campeão não pode encarar os adversários mais fracos, com ligeireza, relaxar, pensar que vai ser fácil. Não, o clube minhoto tem de ser encarado com a mesma vontade, determinação e espírito de vitória como foi o Benfica. Muitas vezes é desperdiçando pontos em jogos destes que se entrega o ouro ao bandido.

André Silva, vítima de uma entrada brutal, fica dois meses parado, mas disciplinarmente levou um cartão amarelo, penalização exactamente igual à do seu agressor. Não é extraordinário? Como encarar o vermelho directo que Maicon levou no F.C.Porto - Boavista da época passada, à luz do amarelo que levou o jogador do Atlético?

- Você não percebe nada de bola.
- Eu não percebo nada? Você é que não percebe nada de bola. Tenha calma, tenha calma, não se enerve... 
- Eu sou calmíssimo. Se não fosse calmo... o que teria já feito...
- Não me diga, não me diga...
- Digo-lhe lá fora...Você envergonha os sócios do Benfica.
- O insulto é a arma dos fracos.

- O meu amigo esteve a falar, eu interrompi-o? Eu interrompi-o? Então esteja calado...
- Não se enerve, não se enerve...

Um pequeno excerto do diálogo entre Pedro Guerra e Eduardo Barroso, Pedro Guerra e Manuel Serrão. Muito didático e exemplar, o futebol só tem a ganhar com programas destes...

É verdade que o F.C.Porto tem melhor plantel que o Benfica, não precisam de nos andar constantemente a dizer, nós portistas sabemos isso muito bem. Mas também sabemos bem das condicionantes do jogo de ontem e também que um jogo é sempre um jogo, num jogo tudo pode acontecer, nem sempre ganha o melhor. E equipas grandes que se comportam no Dragão como equipas que apenas lutam para não descer, estamos nós cansados de ver... Aliás, foi assim na época passada que o clube do regime venceu no Estádio do F.C.Porto. Limitando-se a aproveitar duas abébias da defesa portista, guarda-redes incluído e depois contando com toda a sorte do jogo. Tem piada, nessa altura só loas para o Mestre da Táctica, ninguém falou do resto, já na vitória portista de ontem, segundo Vítor Serpa, o Pastel de Belém - não foi só ele a analisar assim...-, tudo se resume: "A uma dádiva de Santo André que salvou Lopetegui." A análise do director, entre aspas, do panfleto da queimada é distorcida, desonesta, eivada de  má-fé.
Não vou repetir os problemas e as dificuldades que atrapalharam a preparação do F.C.Porto para o clássico, faz parte das regras do jogo, mas, primeiro, esquecer o facto na equipa de Lopetegui que iniciou o jogo de ontem, apenas TRÊS jogadores, eram, pode dizer-se, titulares indiscutíveis na temporada anterior: Maicon, Marcano e Brahimi; enquanto o Benfica tinha SETE: Júlio César, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, Jonas, Gaitán; e depois, não valorizar a forma assertiva como o técnico do F.C.Porto mexeu para ganhar, dizendo que o treinador não arriscou nada, como se um treinador só arriscasse tirando um defesa e metendo um avançado, por exemplo, é de bradar aos céus. Um mete um jogador no tempo de descontos, esse jogador é derrubado, penalty, golo, vitória quando o relógio já marcava 90+7. Treinador genial. Outro, vai metendo jogadores para ganhar, as entradas melhoram o rendimento da equipa, ganha a quatro minutos do fim, quando teve oportunidades soberanas para marcar bem antes, milagre de Santo André. Pobre e triste, Pastel de Belém, vermelho por dentro e azul por fora, por mais que tentes, a azia é indisfarçável.
Claro que esperávamos mais na primeira-parte; claro que ainda há muito a melhorar, em particular no meio-campo e como diz um amigo meu, no posicionamento de Imbula; mas esta vitória e a forma como ela foi construída, é um bom indicativo para o futuro. Como não me canso de dizer, quando não é possível com uma exibição de grande qualidade, temos de ser capazes de procurar ganhar na raça, crença... Ontem fomos melhores, quisemos mais ganhar, ganhámos com justiça. Não fizemos uma exibição brilhante, é verdade e até começamos bem, só que depois ficámos intranquilos, confusos, trapalhões, individualistas, mas daí aos exageros que têm apenas por objectivo cozinhar Lopetegui em lume brando, vai uma grande diferença. Dois exemplos paradigmáticos: Rúben Neves não jogava porque Lopetegui tinha prometido a titularidade a Danilo. Nota-se... Varela foi castigado, estava arrumado, ia ser ostracizado. Ontem entrou e como foi importante... Ah e o protegido de Lopetegui, o espanhol Tello, até tem jogado bem pouco, o mesmo amigo que falou na posição do Imbula, até diz que Tello tem de jogar muito mais, é um jogador que dá profundidade, não podemos ter nas alas dois jogadores parecidos, Corona e Brahimi. Outro ah, a primeira-parte como disse e repeti, até não foi nada famosa, mas aquele onze que entrou de início, não era o que 95% dos portistas queriam?
Continuo na minha, ou sabemos distinguir aquilo que são análises sérias, críticas objectivas, do deita abaixo e perseguição ao treinador do F.C.Porto que grassa por aí, ou teremos mais dificuldades em atingir o sucesso pretendido.

É preciso proteger o talento.
André Silva é um jovem de apenas 19 anos, talentoso, com um potencial enorme e que em condições normais o levarão à titularidade no F.C.Porto e na selecção portuguesa tão carenciada de pontas-de-lança de qualidade. Por isso, se por um lado todos temos consciência que o futebol é um jogo de choques, de contacto, onde podem acontecer lesões graves; e não esperamos que estendam uma passadeira ao nosso jovem avançado; por outro, entradas brutais, claramente às pernas do jogador, como foi o caso do jogador Duarte Machado no jogo da Tapadinha entre o Atlético e o F.C.Porto B, devem ser sancionadas sem qualquer contemplação e com cartão vermelho directo. Espero que o que aconteceu sirva de exemplo, o artista que dirige os árbitros aproveite o lance para fazer pedagogia junto dos homens do apito e no futuro, entradas daquelas sejam penalizadas em conformidade com a lei. Foi sofrendo entradas semelhantes àquela que sofreu ontem André Silva, que um dos melhores do futebol mundial, Marco van Basten, terminou prematuramente a carreira.

Notas finais:
- Parabéns, Carlos Daniel, benfiquista de Paredes, pelo profissionalismo, rigor e noção do que é importante noticiar. Eleições gregas, refugiados, abertura do ano escolar, campanha eleitoral e só depois, às 13:45, é tempo de falar da vitória do F.C.Porto no clássico de ontem. Merece o nosso grande aplauso. Nós portistas temos a certeza absoluta que se o Benfica tivesse ganho no Dragão seria a mesma coisa.

Continuo a dizer que Maxi levou injustamente um primeiro cartão amarelo, no lance que os entendidos acham que era amarelo, mas o árbitro não mostrou, o jogador do F.C.Porto tenta apenas jogar a bola, faz um corte em desequilíbrio, não tem qualquer intenção de derrubar Jonas. É verdade que lhe toca, mas toca-lhe ao de leve, o jogador do Benfica habituado ao colinho que leva os juízes a sancionarem os adversários ao mínimo gritinho esganiçado, faz teatro e por isso, lance correctamente analisado por Artur Soares Dias.

Hoje não há notas finais, há notas iniciais:
1 - É preciso ter uma grande lata ouvir o treinador do Benfica dizer que o Maxi devia ter sido expulso. Quando estava no Benfica não era expulso quando merecia, no F.C.Porto devia ser expulso por não fazer nada? Porque levou o primeiro amarelo o jogador uruguaio? O que fez de grave no lance em supostamente devia ter visto outro amarelo? Haja decoro e vergonha na cara.

2 - Só quem tem uma visão limitada do futebol e só vê o óbvio, é que não percebe porque saiu Aboubakar e entrou Osvaldo. Foi porque Lopetegui quis ganhar, quis ter na frente alguém que pressionasse e tivesse a agressividade que o internacional camaronês, completamente desgastado por um jogo monstruoso em Kiev, já não tinha. E não é que acertou na substituição? E não é que também acertou nas substituições de Rúben por Danilo e Varela no lugar do desinspirado Corona, que acusou e de que maneira a responsabilidade do jogo?

3 -Lopetegui nunca tinha ganho ao Benfica, ganhou hoje. Agora os nossos grandes amigos da Comunicação Social já não podem atirar com essa ao treinador do F.C.Porto.

4 - Jogamos um dia depois, fizemos duas longas viagens, defrontamos um equipa, o Dínamo de Kiev que é bem mais forte que o Astana, só chegamos ao Porto às 6 da manhã de quinta-feira, já não treinamos nesse dia e mesmo assim, fomos a única equipa que na segunda-parte quis e fez alguma coisa para ganhar.

5 - Grande ambiente e grande adeptos no Dragão. Não são alguns ignorantes que acham que só se ganham os jogos metendo todos os avançados lá para dentro, que vão perturbar uma noite de grande fervor portista.

O jogo:
Entramos bem, mas num lance de bola parada o Benfica ameaçou, passado pouco tempo tornou a ameaçar noutro lance igual, valeu Iker Casillas para o resultado se manter em branco. Com essas jogadas o F.C.Porto ficou nervoso, intranquilo, a bola queimava e em vez de procurem resolver os problemas colectivamente, houve jogadores dos Dragões que quiseram fazer tudo sozinhos. Corona, Aboubakar e principalmente Brahimi, não conseguiram, disso se aproveitou o Benfica para se soltar, ficar por cima, criar problemas, embora e tirando os lances já referidos, nunca mais a baliza portista correu grande perigo. Nos últimos 20 minutos até ao intervalo o jogo já estava equilibrado, o F.C.Porto já tinha melhorado, mas faltava mais discernimento, mais calma a definir, mais rapidez a soltar a bola e mais assertividade no último passe.
Resumindo, resultado que se aceitava, mas mais Benfica nos primeiros 45 minutos.

Na segunda-parte tudo foi diferente.
Entrando forte e dominador, o F.C.Porto foi para cima do Benfica, sem ser brilhante, for melhor, teve mais alma e mais crença, quis ganhar enquanto o Benfica só queria empatar. Mesmo antes de Lopetegui mexer, já o F.C.Porto podia ter chegado à vantagem. Primeiro, quando Aboubakar enviou uma bola de cabeça ao poste com a baliza toda à sua mercê; depois, quando o mesmo jogador teve outra clara oportunidade na cara de Júlio César. Com Rúben também desgastado, o técnico portista retirou o jovem natural de Mozelos, meteu Danilo, o F.C.Porto passou a ter mais força e mais frescura, continuou à procura do golo, mas faltava o passo decisivo. Era preciso alguém que desse à frente de ataque aquilo que Aboubakar já não dava. Entrou Osvaldo e o italo/argentino mexeu-se bem, ajudou a pressionar. E foi assim que Brahimi recuperou, tocou para Varela que isolou André André e o filho do Grande António André, também ele Grande como o pai, à saída de Júlio César tocou para baliza com a categoria dos craques. Estava feito o golo que o F.C.Porto já merecia e não sendo o mais importante, pelo melhor jogador em campo.
Tudo somado, os Dragões foram bem melhores e mais perigosos na segunda-parte que o Benfica foi na primeira, mereceram a vitória.

Com este resultado o F.C.Porto não só continua na liderança como ganha a tranquilidade e a confiança para poder evoluir naturalmente e sem pressões excessivas. Ninguém ganha nada à quinta jornada, mas se nos lembrarmos o que aconteceu na época passada e na importância que o mesmo clássico teve na decisão do título... é caso para dizer que estamos no bom caminho.
Isto não pára, sexta já há novo jogo em Moreira de Cónegos e depois vem o Chelsea. Mas este mini ciclo, Dínamo e Benfica, foi ultrapassado de forma positiva, saímos dele mais fortes e mais moralizados que entramos.
Vamos F.C.Porto que o caminho faz-se caminhando. E é este o caminho certo.

A frase é do mexicano Layún e é a mensagem perfeita para transmitir o sentimento que deve reinar entre os portistas, técnicos, jogadores e adeptos. Sim, porque um Porto - Benfica nunca é apenas mais um jogo, é o jogo. Ao clube do regime queremos ganhar sempre, mesmo que seja ao berlinde. Para além disso e de uma vitória colocar os da Luz a quatro pontos, uma vantagem importante, mesmo que ainda falte muito campeonato, a conquista dos três pontos acabará com focos de instabilidade, trará a confiança necessária para que o trabalho decorra com tranquilidade e sem perturbações, de forma que a evolução seja mais rápida. Se aos profissionais do F.C.Porto, no caso, se pede competência, espera-se que o outro profissional  interveniente no jogo, o árbitro Artur Soares Dias, sem esquecer os seus auxiliares, seja também competente, analise com critério, rigor e isenção, faça uma arbitragem que não dê motivos para reparos às duas partes. Sim, estou com o Benfica 2 - F.C.Porto 0, época 2013/2014, no pensamento e onde o árbitro pertencente ao Conselho de Arbitragem da A.F. do Porto fez uma arbitragem miserável, a um erro que favoreceu os Dragões, corresponderam depois quatro ou cinco decisões que beneficiaram descaradamente as águias, erros com influência no resultado. Sim, mesmo que não tenha sido apenas pelo árbitro que o F.C.Porto perdeu...
Resumindo, é um daqueles jogos em que temos de ser um por todos, todos por um e todos pelo pelo F.C.Porto. Um jogo em que o Dragão tem de soltar a sua chama do primeiro ao último minuto, eles têm de sentir o peso do 12º jogador. E se tiver de ser contra Artur Soares Dias... lá terá de ser.

Estatísticas dos confrontos F.C. Porto - Benfica, trabalho de P.T.:
O FC Porto e o Benfica já se defrontaram em 81 partidas no Porto para o Campeonato!

Em 81 jogos disputados em Lisboa para o Campeonato, o FC Porto regista 14 vitórias, 25 empates e 42 derrotas!

Em termos totais, e registando os 81 Campeonatos disputados, com 162 desafios disputados entre FC Porto e Benfica, os Dragões levam vantagem: com 63 vitórias, 44 empates e 55 derrotas, isto é, o FC Porto regista um acumulado de 63 vitórias,  ao invés o Benfica junta 55 vitórias, portanto os Dragões no acumulado tem uma vantagem de 8 vitórias sobre os encarnados, em confrontos para o Campeonato!

Se aproximarmos a máquina do tempo, e apenas observarmos os 30 confrontos para o Campeonato no Século XXI, o FC Porto ainda melhora o seu registo nesse confronto directo. Século XXI (2000/01 a 2014/15, em 15 temporadas desportivas):

Os Dragões na Luz, em igual período, venceram 5 confrontos, empataram 6 partidas, e registam apenas 4 derrotas. Curiosamente, nas ultimas 15 temporadas, o FC Porto na Luz regista mais vitórias como visitante, do que o Benfica como visitado!

No acumulado dessas 15 ultimas temporadas desportivas Século XXI, em jogos para o Campeonato, disputados no Porto e em Lisboa, o FC Porto regista supremacia em 30 partidas realizadas: 15 vitórias, 9 empates e apenas 6 derrotas!

Nos últimos 60 Campeonatos disputados, as duas maiores goleadas entre FC Porto e Benfica, registaram-se em anos de terminação 1, em 1970/71, FC Porto 4 Benfica 0 nas Antas, e mais recentemente 2010/11 e no Dragão, FC Porto 5 Benfica 0.

Lemos na Jornada 18 da temporada 1970/71 assinou um poker, naquele memorável 4-0, todavia, o anafado Lemos na 5ª Jornada bisou na Luz num empate a 2 golos nessa mesma época desportiva. O Lemos marcou 6 golos ao Benfica para o Campeonato nessa temporada 1970/71!

E porque recordar é viver, fica o onze dos Dragões nesse FC Porto 4 Benfica 0, com os 4 golos de Lemos no ano de 1971: Rui, Gualter, Manhiça, Rolando e Valdemar (Leopoldo); Pavão, Bené e Custódio Pinto, Abel, Lemos e Nóbrega. (Ricardo).. Lemos marcou aos minutos 20, 46, 54 e 87.

O Árbitro é Artur Soares Dias, auxiliado por Rui Licínio e Paulo Soares.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Casillas e Helton;
Defesas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi e Layún;
Médios, Rúben Neves, Herrera, Imbula, Danilo e André André;
Avançados, Corona, Tello, Varela, Aboubakar, Dani Osvaldo e Brahimi.

Equipa provável: Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Layún, Danilo, Imbula e André André, Brahimi, Aboubakar e Corona.

Antevisão de Lopetegui:
Sobre o clássico:
«Um FC Porto-Benfica é, só por si, um clássico com importância suficiente para não haver muito mais a dizer. É importante somar os três pontos, mas todos estamos conscientes do peso deste jogo. Queremos ganhá-lo».
 
Benfica mais forte ou mais frágil?
«Está tudo dito, é um clássico. O que nos interessa é a nossa realidade, o presente, o coletivo. Nada mais» 
 
FC Porto favorito, em casa e na frente?
«Não interessa a tabela, não há favoritos. Será um bom jogo, queremos vencer. Teremos que ter a energia necessária para isso»

Mais mudanças no onze?
«Mudanças? Sim, vou fazer um onze completamente novo...» E riu-se...

Ultrapassada a frustração de um empate quando se dava a vitória como praticamente garantida - as grandes equipas e os grandes clubes, não ficam a chorar sobre o leite derramado...-, já está à porta mais um compromisso importante - é esta a sina das equipas e dos clubes que pensam grande, têm ambições e que não precisam de arranjar desculpas quando as coisas correm mal, dizendo que a prioridade é esta prova em detrimento de outras. Curioso, os mesmos que tanto exigem ao F.C.Porto, conformam-se com a argumentação de um treinador que apelidam de "Catedrático" e que ganha como tal. Ainda voltarei a Jorge Jesus no final do post. Adiante.

Diz o Pedro Marques Lopes aqui ao lado e resumidamente, somos melhores que o Benfica, jogamos em casa, logo somos favoritos no clássico do próximo domingo. Concordo. Mas acrescento que o favoritismo não se apregoa, pratica-se. O futebol está cheio de equipas favoritas que perdem jogos. Para evitar surpresas e desilusões, ele diz e eu assino por baixo, é preciso atitude, raça, alma de Dragão, é fundamental que todos os jogadores e não apenas alguns, percebam a importância do jogo e do que significa ganhar ao Benfica, mesmo que seja apenas à quinta jornada. Portanto, se os igualarmos na determinação, no espírito de luta e de combate; se formos colectivamente fortes; se formos Porto na prática; se estivermos preparados para tudo desde retrancas até provocações e jogo sujo; ganharemos, porque depois temos mais e melhores argumentos.
Um amigo, preocupado ligou-me e atirou: "Será que a antipatia de alguns portistas pelo Lopetegui é maior que a antipatia, em alguns casos, ódio de estimação ao Benfica?"
- Não, nem penses, se há um jogo que podemos ficar tranquilos é este...

Nota final.
Jorge Jesus: "Já sabia que a equipa não ia estar tão bem"
Só faltou dizer, Já sabia que ia perder, mas não há problemas, a prioridade é o campeonato.
Alguém ainda um dia me vai explicar, como se eu fosse muito burro, como é que um treinador que nos últimos anos tem conseguido tão fracos resultados na europa do futebol que dá muita pasta, podia treinar um clube onde as receitas das provas europeias são muito importantes, sem esquecer o prestígio e a valorização de activos?

Sei que custa muito perder 2 pontos, 1 milhão de euros, a possibilidade de dar um passo quase decisivo para os oitavos, depois de ter feito o mais difícil, virar o resultado e no último minuto, para mais num lance que para além de duvidoso, não teve a abordagem correcta da defesa, guarda-redes incluído. Mas se sei isso tudo, compreendo a frustração e a desilusão, agora, só porque as coisas correram mal, quando já cantávamos vitória, devemos fazer uma análise totalmente negativa? Se o Dínamo não tem empatado já estava tudo bem? Não, o F.C.Porto não esteve inspirado na primeira-parte - mas não foi dominado, só esteve em risco de sofrer um golo já muito perto do intervalo -, melhorou muito na segunda e isso foi notório. E nem foi a saída de Hector Herrera para a entrada de Tello que teve influência na melhoria portista, o conjunto de Lopetegui já estava melhor, o espanhol não trouxe melhorias em relação ao mexicano - o mesmo não digo da entrada de Corona que deu a sensação que devia ter entrado mais cedo, embora fazer juízos a posteriori seja como fazer o totobola depois dos jogos efectuados. É fácil, depois do jogo, vir tecer todo o tipo de teorias, desde a equipa que entrou até a forma cautelosa como o F.C.Porto encarou os campeões ucranianos. Mas quem garante que se fosse outra a táctica e a estratégia, outros os escolhidos, o F.C.Porto sairia de Kiev com outro resultado? Então temos um jogo importantíssimo no próximo domingo contra um rival que jogou frente a um adversário mais fraco que o nosso - embora quem os lê e ouve, parece que o Dínamo é fraquinho, enquanto o Astana é poderosíssimo; ao contrário de nós, não teve de fazer duas longas viagens e jogou um dia antes; e não devíamos ter cautelas, gerir, procurar juntar ao útil ao agradável? Eu acho que sim, disse-o no post de antevisão, não é porque houve um minuto fatídico que Lopetegui passa de bestial a besta. Sou um portista exigente, mas realista e por isso sei o que é a Champions e toda sua envolvência. Sei que as equipas mais fracas muitas vezes se transcendem e acontecem grandes surpresas. Como se viu ontem em Zagreb e o teoricamente muito mais fraco Dínamo, venceu o multimilionário Arsenal.

Notas finais:
Com o editorial de Vítor Serpa, o conhecido pastel de Belém, no pensamento, digo o seguinte: alguns vendilhões do templo, sem pudor e vergonha na cara, tratam o campeão da Ucrânia como um qualquer Astana - comparem a forma como foi tratado o BATE Borisov que já conseguiu algumas grandes surpresas na Champions, com estes cazaques... - para eles o F.C.Porto tinha obrigação de chegar a Kiev de peito feito, reduzir o Dínamo à sua insignificância e vir de lá com uma vitória por números gordos. Sim, porque esse é que é o seu verdadeiro ADN do F.C.Porto. O seu grau de exigência é nojento, a uns pedem o máximo a outros branqueiam despudoradamente as mais cinzentas exibições. Mas e lamentavelmente, têm muitos seguidores. Não há em Portugal adeptos mais influenciáveis por uma comunicação social hóstil, como os adeptos do F.C.Porto.

A reabertura do mercado é só em Janeiro, mas Rúben Neves já anda a ser muito badalado. Estejam descansados, quando sair não será por 15 milhões, mesmo que sejam mesmo 15 e não 3,5.

Ontem um amigo meu, ex-árbitro e comentador de arbitragem, disse numa rádio que o árbitro tanto podia ter invalidado como validado o golo, que na UEFA quando o lance do segundo golo do Dínamo for analisado, vão concluir que o árbitro agiu bem. Hoje enviei-lhe esta foto que outro amigo colocou na minha página do facebook para ele analisar. Veremos a resposta.