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domingo, 5 de agosto de 2018


Em Aveiro, a sua cidade talismã no que diz respeito à Supertaça - sempre que lá jogou, ganhou -, num dia, mais um, de grande calor, o F.C.Porto venceu com toda a justiça o D.Aves e conseguiu o 21º Troféu Cândido de Oliveira - tem mais sozinho que todos os outros clubes juntos.

Entrando com Casillas, Maxi - melhor, Super- Maxi -, Felipe, Diogo Leite e Alex Telles, Ótavio, Herrera, Sérgio Oliveira e Brahimi, Aboubakar e a grande surpresa, André Pereira, a equipa de Sérgio Conceição até entrou a prometer muito. Ainda não tinham decorrido 5 minutos e numa excelente jogada entre os dois homens mais avançados, Aboubakar obrigou o guarda-redes do Aves a uma grande defesa para evitar a abertura do marcador. Só que a promessa não foi cumprida, tirando esse lance apenas já muito perto do intervalo o F.C.Porto voltou a dar um ar da sua graça, esteve perto de marcar. Nos entretantos, com Ótavio e Sérgio Oliveira muito mal - Sérgio Conceição esteve quase a mexer na equipa e ainda muito cedo no jogo -, praticamente só com Herrera no meio-campo, a equipa de José Mota encontrava espaços para sair, conseguiu ameaçar, marcou, esteve por mais duas vezes perto de marcar - numa salvou Casillas, noutra a bola rasou o poste. Os três lances, têm, porém uma particularidade: foram todos precedidos de irregularidades. No golo, antes há uma falta que Luís Godinho não assinalou; nos outros dois, fora-de-jogo que Ricardo Santos, que esteve desastrado, talvez para não ficar atrás do seu chefe de equipa, o internacional de pacotilha e minúsculo, Godinho. não assinalou. Ao golo do Aves respondeu o F.C.Porto com outro, este tirado da cartola de Yacine Brahimi, quase logo a seguir obrigado a sair, vítima de uma das muitas entradas dos jogadores avenses.
Resumidamente, má 1ª parte do F.C.Porto, Aves muito bem, resultado justo ao intervalo.

Na 2ª parte foi bem diferente.
Sem chegar ao brilhantismo - ainda houve algumas más decisões, opções e passes errados na transição ofensiva que impediram o aproveitamento dos espaços que o Aves concedeu -, mas com aqueles que não tinham estado bem a subirem de rendimento - Corona a mostrar que esta pode ser a sua época; Alex Telles a subir para níveis perto de Maxi; e Herrera a alcançar patamares de excelência -, o conjunto de Sérgio Conceição passou a ser superior, dominador, raramente permitiu veleidades ao Aves, deu a volta numa jogada muito bonita entre Otávio e Maxi, consolidou a vantagem através de Tecatito e colocou o resultado numa diferença mais de acordo com o desenrolar dos segundos 45 minutos Foi num magnífico remate de fora da área, após excelente passe de Óliver - o espanhol entrou hesitante, preocupado em jogar pelo seguro, mas foi crescendo, acabou em grande.

Concluindo, a equipa pode não ser exuberante, nem se pediria que fosse nesta altura, mas mantém a atitude, carácter e compromisso que fazem dela uma equipa sempre competitiva.
A época começou bem dentro e fora do campo, com o Mar Azul a fazer-se sentir com a mesma mobilização e apoio que caracterizou a temporada anterior.

Notas finais:
Maxi Pereira, 34 anos, várias vezes campeão, mais de uma centena de internacionalizações pelo Uruguai, está a ganhar bem menos que quando ingressou no F.C.Porto vindo do SLB. Mas quem o viu na noite de ontem, em que foi muito justamente, o Homem do Jogo, se não o conhecesse diria estar na presença de um jovem vindo da formação e cheio de vontade para agarrar uma oportunidade na equipa principal do F.C.Porto.
Maxi não é portista desde pequenino, não faz juras de amor eterno, não beija por tudo e por nada o emblema, mas é um profissionalão, alguém que gosta muito de estar aqui e prova-o em campo, não com frases feitas nem conversa da treta.
Maxi é um exemplo que deve ser seguido e o seu comportamento devia fazer corar de vergonha algumas pulgas que andam cheias de catarro.

Se sobre a lesão de Brahimi, para além do seu talento, nada há a  apontar ao argelino, já na de Soares não é bem assim. O brasileiro ganhou o lance, a posição, em vez de seguir com a bola ficou à espera do contacto, o choque aconteceu e a lesão também. Esperemos que não seja grave, mas fica a lição para futuro.

Paz, tranquilidade, harmonia, um futebol português mais sereno e mais pacífico. OK, qualquer adepto subscreverá. Mas isso é possível, quando, por exemplo, temos na Supertaça um árbitro sem nível e competência, incapaz de ver um lance de clara irregulariadade sobre Herrera e que deixou o capitão do F.C.Porto com o sobrolho em muito mau estado? Se para além do árbitro, árbitro assistente em cima do lance e 4º árbitro também não vêem nada, é natural que isso origine uma reacção, como aconteceu com o banco portista. Sérgio Conceição foi expulso, poderá ficar impedido de estar a orientar a sua equipa, no banco, frente ao D.Chaves. Luís Godinho, esse, até porque é dos árbitros fetiche de alguém - só assim se compreende que sendo tão fraco, seja internacional -, quase de certeza estará  apitar um jogo da Liga NOS.

António Lourenço, o homem do trompete,  conhecido adepto e sócio do F.C.Porto, foi impedido, por causa do trompete, de entrar no Municipal de Aveiro. Ao fim de 36 anos a acompanhar o seu clube, de animar com a música do seu trompete os vários estádios de Portugal e da Europa, António Lourenço foi barrado pela empresa de segurança 2045, ao serviço da FPF. Este episódio, por si só, já é um escândalo. Mas por exemplo e comparativamente, sabendo-se que as claques ilegais do SLB, na época passada tiveram carta branca, para antes do jogo, colocar tarjas, o escândalo é ainda maior.
O presidente da FPF, Fernando Gomes, devia apresentar um pedido de desculpas a António Lourenço, através do F.C.Porto. Sim, não é exagero. Quando se defende e se procura um futebol melhor e mais saudável, não se deve impedir a entrada daqueles que dão contributos positivos, fazem do futebol uma festa. Deve-se sim, ser rigoroso, não ter contemplações e impedir de entrar, os que vão para o espectáculo com intenção de armar confusão e criar problemas.

Momento da lágrimas no canto do olho:
Vieira tinha em Jonas um grande berbicacho. O brasileiro, melhor marcador do campeonato e figura preponderante nos últimos títulos do SLB - igual influência só tiveram alguns padres e meninos queridos -, com 34 anos e com problemas de espondilose, não gostou nada de saber que o argentino Ferreyra tinha vindo ganhar muito mais do que ele e disso deu conta. Como resolver o problema, sem Vieira ser afectado? Pois, tentando passar para a opinião pública que Vieira não queria, batalhou, mas quem quis muito foi Jonas. Fazem uns telefonemas para o antro desportivo da cofina e lá está: "Balneário do Benfica sensibilizado com atitude de Vieira."


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