domingo, 22 de setembro de 2019
Depois da vitória sofrida e da exibição que não foi famosa frente aos suíços do Young Boys, o F.C.Porto, sem muito tempo para recuperar do desgaste do jogo de quinta-feira, tinha no Santa Clara mais um obstáculo difícil que precisava ultrapassar.
De início com Marchesín, Corona, Pepe, Marcano e Manafá, Danilo e Uribe, Otávio, Marega, Zé Luís e Luis Díaz, apenas duas alterações em relação ao jogo anterior - Manafá no lugar Alex Telles e Zé Luís no de Soares -, o F.C.Porto conseguiu uma vitória natural e colocou provisoriamente ex-aequo no 1º lugar.
Entrando forte e dominador, intenso e circulando com critério ora pela direita ora pela esquerda - apesar do início algo precipitado de Manafá, nem sempre feliz na hora de fazer opções - e com isso obrigando o Santa Clara a ter dificuldades em manter o rigor defensivo, apesar de defender com muitos, o F.C.Porto exibiu-se a bom nível, foi claramente superior, fez dois golos, Zé Luís aos 15 e auto-golo de César aos 41, chegou ao intervalo com uma vantagem que era justa e dava colorido a uma exibição de bom nível dos azuis e brancos.
A perder por dois, os açorianos vieram mais atrevidos na segunda-parte, cedo Marchesín foi chamado a intervir. Ficou o aviso, a equipa de Sérgio Conceição não podia adormecer, apesar de ser compreensível algum abrandamento na intensidade e ritmo de jogo. Durou cerca de 20 minutos esse atrevimento do Santa Clara que mesmo sem criar uma oportunidade de golo, mostrou valor, deu uma ar da sua graça. A partir daí e pouco depois já com Nakajima no lugar de Luis Díaz - mais tarde entraram Mbemba e Soares para as saidas de Corona e Zé Luís -, os Dragões como que acordaram, pressionaram bem, não deixaram o adversário sair de trás, tiveram vários lances de golo iminente, mas que desperdiçaram de forma incrível, com Zé Luís a abusar no desperdício.
Ate final não houve mais golos, o jogo chegou ao fim com o resultado em 2-0, vantagem justíssima, mas escassa, do F.C.Porto, que merecia mais golos.
Notas finais:
Foi um jogo sério, competente, mesmo quando não foi tão dominador e superior, o início da segunda-parte, os portistas nunca baixaram para níveis que mereçam grandes críticas.
A diferença entre a qualidade do Young Boys e do Santa Clara é notória, mas hoje a equipa do F.C.Porto manteve sempre a organização, os equilíbrios, nunca deu grandes espaços, conseguiu ter bola, sair a jogar, nunca esteve em dificuldades.
Já vi e revi o lance entre Uribe e Fábio Cardoso. Se é verdade que o braço do jogador do F.C.Porto tocou no sobrolho e feriu o jogador do Santa Clara, é mentira que o colombiano teve a intenção de atingir o português. Uribe e as imagens são claras, tem sempre os olhos na bola, Fábio vem por trás, há o toque. Como pode um jogador saltar com os braços colados ao corpo? Para o artista que faz o juízo final na Sport TV - de onde saiu esta ave rara, alguém que não consta ter sido árbitro com o mínimo de qualidade? - é penálti, Uribe foi negligente.
Fico à espera do que vão dizer os outros analistas.
O jogador do F.C.Porto só tem olhos para a bola, nem vê Fábio Cardoso chegar, toca-lhe sem querer, ele ficou a sangrar do sobrolho - local do corpo humano onde para fazer sangue tem de se bater forte e feio, porque não é uma parte sensível é uma parte dura! -, penálti e expulsão. OK, estou esclarecido. Ficou um penálti por marcar contra o F.C.Porto.
Última hora:
Já há ordens da administração da SAD, hoje todos os jogadores do FCP vão passar pelo hospital para lhes serem implantados olhos na nuca e ao mesmo tempo algo que os ajude a elevar com os braços junto ao corpo.
Vão ficar como a foto mostra para evitar que no futuro possam ser acusados de atitudes intencionais e deliberadas.