Frente ao adversário que mais dissabores lhe tem provocado, em particular no Dragão, o Liverpool, já apurado e vencedor do Grupo B, o F.C.Porto sabia que só um resultado, vitória em Anfield Road, conjugado com a vitória do Milan frente ao Atletico de Madrid, significaria a passagem imediata aos oitavos-de-final. Qualquer outro resultado obrigava os Dragões a empatar ou ter de ganhar aos campeões espanhóis na sexta e última jornada. O Milan venceu, o F.C.Porto perdeu, ficou tudo para decidir na última jornada. E se na discussão com os espanhóis até bastaria um empate, se os italianos vencerem o Liverpool os Dragões estão obrigados a vencer o Atletico de Madrid.
Com Diogo Costa, João Mário, Mbemba, Pepe e Zaidu, Otávio, Sérgio Oliveira, Uribe e Luis Díaz, Taremi e Evanilson, o F.C.Porto entrou concentrado, organizado, compacto, procurando, primeiro não sofrer um golo que o obrigasse a correr atrás do prejuízo e depois sair com propósito para o ataque, surpreender os ingleses.
Apesar da saída prematura de Pepe, substituído por Fábio Cardoso, os azuis e brancos conseguiram até ao intervalo manter a baliza inviolável e tiveram oportunidades para marcar. Só que, mais uma vez, foram notórias algumas más definições e opções, voltou a falta de eficácia do ataque do F.C.Porto.
Assim e ao intervalo, o nulo prevalecia, mas com a equipa de Sérgio Conceição a merecer ir para as cabines em vantagem.
Na segunda-parte o jogo parecia uma fotocópia da primeira, mas aquilo que se temia aconteceu: o Liverpool chegou à vantagem aos 52 minutos, o F.C.Porto teve de ir à procura do empate, nunca mais foi a mesma equipa.
Sérgio Conceição mexeu, meteu Vitinha e Francisco Conceição para os lugares de Sérgio Oliveira e Taremi, mas daí não vieram melhorias, foi com naturalidade que aos 70 minutos M.Salah, após uma abordagem ao lance que não foi a melhor por parte de Zaidu, fez o segundo golo e acabou com todas as dúvidas sobre o vencedor.
Ao minuto 77 ainda entraram Grujic e Toni Martínez, saíram Uribe e Evanilson, mas mais nada de relevante aconteceu.
O jogo terminou com a vitória que acaba por ser justa do Liverpool, o F.C.Porto fica a dever a si próprio não ter conseguido um resultado melhor. Nestes jogos se não aproveitas as chances...
Nota final:
Mesmo conhecendo a importância de Pepe na defesa e equipa do F.C.Porto, porquê correr riscos e colocar o luso-brasileiro em campo quando não estava a 100%? Para além de não dar confiança a Fábio Cardoso, que mais uma vez foi lançado às feras em circunstâncias difíceis, será que vamos ter Pepe para os próximos compromissos do F.C.Porto, por exemplo no jogo com o Atletico de Madrid, esse sim decisivo para o futuro dos portistas na prova?