Archive for fevereiro 2016
Ainda estamos na luta pelo título, é para aí que estou virado
Quem é apaixonado pelo F.C.Porto, obviamente, não gosta dos espectáculos proporcionados pela sua equipa; de perder com o Arouca; de sofrer para vencer o Moreirense e o Belenenses; de ficar fora da Champions de uma forma inglória; dar uma imagem pobre, longe da imagem de força e poder que dava e não faz muito tempo, na eliminatória frente ao Borussia de Dortmund; etc., etc., etc. Eu não fujo à regra, também não gosto, sofro pra carago! Mas em vez de andar constantemente a dizer que gastamos milhões em jogadores e tostões em treinadores; que temos o pior plantel dos últimos anos; que nunca gastamos tanto e temos um plantel tão fraco e desequilibrado; que fulano é o pior jogador a história do F.C.Porto ou beltrano até devia pagar para vestir o Brasão Abençoado - viva, Pedro Marques Lopes...; até porque agora não adianta nada, não vou por aí. São estes que temos, são estes que temos de apoiar e ajudar para ganhar, prefiro valorizar aquilo que temos conseguido. Por exemplo, depois de tantas críticas ao facto de não ganharmos em Lisboa, já lá vão três consecutivas; de, apesar de a certa altura tudo parecer perdido, neste momento até podemos dizer que ainda estamos na luta, se ganharmos em Braga - não me venham com a mesma conversa de se jogarmos como em Belém não temos hipóteses. Já tinham dito isso antes do jogo da Luz... Cada jogo tem a sua história... -, vão ter de contar connosco até ao fim; o trabalho de Peseiro, que em condições muito difíceis(*) tem mantido a chama e a esperança - se bem se lembram, para alguns e não faz muito tempo, mesmo o terceiro lugar estava em causa.
(*) - Em condições normais, não é fácil substituir um treinador a meio da época, pior se a sequência de jogos, praticamente sempre de três em três dias, não permitir um trabalho com o mínimo de condições. Para além disso, José Peseiro herdou uma equipa psicologicamente muito em baixo, um modelo de posse trabalhada, sistematizada e que não privilegiava as saídas rápidas, o mínimo risco e sendo assim, implementar ideias novas, não direi uma antítese, mas quase, não é fácil, é difícil. Principalmente se a equipa, muito por força do trabalho que era feito anteriormente, não tem capacidade física para de repente passar a ter de correr muito mais, durar muito mais, quando tenta pressionar alto, sem bola, recuperar - não é uma crítica, é uma constatação. Com o modelo de posse de Lopetegui, uma equipa não precisa de correr tanto, ter ritmos altos, capacidade de explosão... Se a isto juntarmos, lesões, castigos, Maiconadas, rapidamente, se estivermos de boa-fé, só temos de elogiar o trabalho de José Peseiro... mesmo que, como acontece com todos os treinadores, falhe aqui e ali, tome opções que não seriam as nossas, faça substituições que muitas vezes não concordamos. Tempo é coisa que não temos, margem para errar também não, por isso, disse há dias e repito agora: com menos jogos, mais horas para treinar colectiva e individualmente, será em Maio que o balanço deve ser feito do trabalho do treinador, se alguns jogadores têm ou não condições para servir um clube com a dimensão e exigência do F.C.Porto. Quando uma equipa funciona bem, é colectivamente forte, tem processos bem trabalhados e consolidados, exagerando, até um perna de pau parece um craque.
Com o Gil Vicente, com o devido respeito, a não atrapalhar, Braga pode ser o fim, mas sem decidir nada, também pode significar algo que há pouco tempo considerávamos irrealista e impossível.
Não me revejo em muitas coisas que se passam no F.C.Porto e delas tenho dado conta no Dragão até à morte e não só... mas não preciso de faltar ao respeito a ninguém, fazer piadas de mau gosto, insultar ou denegrir a imagem de ninguém, de repente perder a memória. Por isso, acho natural que tendo o F.C.Porto uma SAD e a servi-la em diversas áreas, profissionais e bem pagos, que haja uma exigência superior há que existia no passado, quando os dirigentes eram amadores. Mas tendo o F.C.Porto eleições a breve prazo e como tudo indica, sendo mais uma vez Jorge Nuno Pinto da Costa, candidato único, expliquem-me: o que ganhará o F.C.Porto com estas críticas sistemáticas em que de repente tudo está mal, nada se aproveita. Se querem mudanças têm de fazer mais que ser muito activos, mas apenas em blogs, sites, redes sociais...
Mais uma Vieirada para animar a malta
Se não conhecessemos o presidente do Benfica e o que aquela casa gasta; ou se fossemos comerciantes de papel como Vítor Serpa e precisássemos de vender jornais, até podíamos ser levados a pensar na bondade do discurso de Luís Filipe Vieira quando diz: «Podemos continuar a aceitar aqueles que fazem da divisão, do conflito, da intimidação o seu modo de vida, e achar que o futebol português pode sobreviver a isso. Ou, então, temos de rejeitar tudo isto e exigir comportamentos orientados pela ética e pela responsabilidade. O Benfica está aqui e entende que não pode valer tudo. Todos nós temos a obrigação de fazer crescer o futebol em Portugal, de o projetar como produto de excelência, de o valorizar a nível internacional, e isso obriga-nos a ter de combater o fanatismo mais agressivo e mais primário»; mas como conhecemos bem Vieira e sus muchachos e não precisamos de vender a alma ao diabo para vender nada; a conversa de Vieira para nós é, como dizem os brasileiros, conversa para boi dormir. Viera é o paradigma do olhem para o que eu digo, não olhem para o que eu faço. Basta ver o que dizem e fazem, não, simples adeptos como eu ou outros, mas um vice-presidente do Benfica, como Rui Gomes da Silva, ou os assalariados do clube do regime, Pedro Guerra e João Gabriel - o almoçinho ou terá sido jantar, com o director da lixeira da manhã, já começou a render, não é Gabi? Promiscuidade? Não. Amizade; aquilo que constantemente se passava na Benfica Tv; e mesmo as já aqui muito realçadas e repetidas declarações do próprio Vieira; para concluirmos que aquele discurso do presidente do Benfica é pura conversa da treta. Se Vieira quer ser levado a sério, olhem, que comece por por ordem na sua casa, impeça que os fanáticos e pirómanos do seu clube, diariamente nos brindem com discursos do mais puro fundamentalismo e constantes faltas de respeito. Até lá, bem pode Vieira vir com falinhas mansas, fazer discursos muito bonitos, dar ares de estadista. Só o levará a sério gente com interesses particulares ou os adeptos do seu clube. Já agora e para terminar: porque só diz agora que quer que Slimani jogue e não disse muito antes, já que o problema arrasta-se há meses? Será que foi porque o Conselho de Justiça devolveu os processos de Jardel e Eliseu ao Conselho de Disciplina? Será porque se o avançado do Sporting fosse castigado, agora, o escândalo seria enorme, não havia OMO capaz de limpar a pouca vergonha e definitivamente ficaria demonstrada a velha teoria de Vieira, já estou a fazer as coisas por outro lado?
C.F.os Belenenses 1 - F.C.Porto 2. Começar por ameaçar golear, acabar a sofrer
Sem qualquer tempo para carpir mágoas de uma eliminação prematura e triste das provas da UEFA, nem margem para errar, se quer manter em aberto a hipótese do título, o F.C.Porto tinha em Belém um jogo onde era obrigatório vencer. Venceu, mas sofreu mais do que o necessário. Depois de ter ameaçado golear - ainda não tínhamos chegado a meio da primeira-parte já os Dragões venciam por dois golos -, acabou a sofrer, por mérito do Belenenses, sem dúvida, mas porque na segunda-parte a equipa de Peseiro acusou cansaço, baixou o ritmo e a pressão, perdeu coesão, organização, desequilibrou-se, no seu pior período, que coincidiu com um bom Belém, valeu Casillas para manter a vantagem e garantir os três pontos. Faltou também aos portistas mais critério, mais assertividade e mais qualidade na hora de definir, assistir. Não se pode sair para o contra-ataque em superioridade numérica e depois não aproveitar, ou porque houve demasiado egoísmo - Corona devia ter colocado em Suk; ou porque se escorregou - Marega; ou porque o último passe foi mal feito - Brahimi, no lance que se lesionou. Mas o fundamental foi conseguido e nesta altura, quando não se ganha a jogar bem, tem de se ganhar a jogar mal.
Na primeira-parte e em particular nos 25 minutos iniciais, o conjunto de José Peseiro entrou forte, circulou bem, pressionou alto, muito graças a Suk e a Herrera, ameaçou logo no 1º minuto, voltou a ameaçar no 4º, chegou à vantagem no 8º. Bela jogada pela esquerda de José Ángel, meteu em Suk, o sul-coreano dividiu com o central do Belenenses, a bola sobrou para Brahimi que adiantou o F.C.Porto. A vencer, a equipa da Invicta, hoje toda de branco, manteve os mesmos predicados e ao 18º minuto, graças a uma jogada de insistência de Maxi e a uma abordagem infeliz de Tonel - fez auto-golo -, aumentou a contagem, tudo corria bem para os nortenhos. A reacção do Belenenses foi natural, mas com excepção de um livre de Carlos Martins que bateu no poste, nunca mais a equipa da Cruz de Cristo esteve perto de marcar. E se pensarmos que logo no minuto seguinte, Brahimi, muito bem colocado, podia ter feito o terceiro e acabado com o jogo, podemos concluir que ao intervalo a vantagem dos Dragões era justa. Sem ter deslumbrado, o conjunto de Peseiro foi melhor, mais perigoso, marcou dois golos, ameaçou marcar mais um ou dois, raramente consentiu veleidades à equipa da casa.
No futebol, como sabemos, a vantagem de dois golos é muito traiçoeira. Se o adversário marca, motiva-se, galvaniza-se, arrisca, causa problemas. Foi o que aconteceu nos segundos 45 minutos. Até começou melhor e mais ameaçador, o F.C.Porto. Suk por duas vezes, minuto 46 e 55 - aqui, ainda bem que a bola não entrou, pois era mais um golo mal invalidado por fora-de-jogo mal assinalado - e antes, minuto 53, Corona - que exibição tão pobre, mais uma, a do mexicano... - , podiam ter sentenciado. Não sentenciaram e depois que o Belém reduziu, minuto 60 e em particular até à entrada de Evandro, minuto 74 - antes, minuto 61, já tinha entrado Marega para o lugar de Corona, mas as melhores foram poucas -, para o lugar do desgastado André André, os azuis do Restelo foram melhores, chegaram-se à frente com perigo, como disse anteriormente, valeu Casillas para que o empate não acontecesse. Depois, com a entrada do brasileiro, a equipa estabilizou um pouco, até final, se a diferença mínima nunca permitiu tranquilidade aos portistas, é verdade que também o F.C.Porto podia ter feito o terceiro e colocar um ponto final nas dúvidas.
Tudo somado, vitória justa do F.C.Porto, mas se o Belenenses tivesse empatado ninguém poderia falar em grande injustiça.
Uma nota final para Chidozie:
Não o culpo no golo do Belém, a jogada foi bem executada, bonita, reagiu tarde, mas mais mérito de quem ataca que demérito de quem defende. Teve mais uma ou outra hesitação que tem de corrigir, mas na parte final foi quase sempre ele que, bem colocado, cortou todos os lances. Ainda vai cometer muitos erros, mas é jovem, tem valor, muita vontade, pode vir a ser um central de referência. Só precisa de mais tempo para aperfeiçoar e continuar a ser opção.
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C.F.os Belenenses - F.C.Porto. Mais um mata mata em que temos de matar para não morrer
Sem tempo para se coçar e a menos de 72 horas depois de uma derrota imerecida, mas de uma eliminação que teve tanto de justa como de natural, o F.C.Porto viaja até Lisboa para defrontar o C.F.os Belenenses. Porque não vai ser um jogo fácil - os de Belém só são um adversário fácil para uma determinada equipa do campeonato... - e porque o jogo de quinta-feira foi um jogo que obrigou a grande desgaste físico e anímico, só um Dragão que aos dentes cerrados e espírito de sacrifício, junte concentração, organização, um colectivismo forte e uma qualidade de jogo que já foi capaz de mostrar, sairá do Restelo com os três pontos. Vamos entrar na fase decisiva do campeonato, temos dois jogos seguidos e complicados, fora - a Belém segue-se Braga - e como não há qualquer margem para errar, este é mais um mata mata em que temos de matar para não morrer.
O árbitro é João Capela, auxiliado por Ricardo Jorge Santos e Tiago Rocha.
Que este senhor não tenha qualquer influência no resultado, no final do jogo não haja qualquer motivo para polémicas.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Casillas;
Defesas, Maxi Pereira, Marcano, José Ángel e Chidozie;
Médios, Danilo, Herrera, Sérgio Oliveira, Bueno, Rúben Neves, André André e Evandro;
Avançados, Brahimi, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e Corona.
Equipa provável:
Casillas, Maxi, Chidozie, Marcano e José Ángel, Danilo e Herrera, André André, Corona e Brahimi, Suk.
Antevisão de José Peseiro:
«Fala-se muito em arbitragem. Há muitas queixas. A arbitragem vai ter um efeito negativo na decisão do campeonato?
O que sinto é que a minha equipa vai estar preparada para vencer este jogo. Vai ter que estar no top, a 100 ou 200. E espero que os outros intervenientes façam o seu trabalho bem.»
«Que dificuldades é que o Belenenses pode criar ao FC Porto?
É uma equipa que assume, que quer jogar em ataque e que tem pontos de contacto e de posse de bola de qualidade. É para isso que estamos preparados. Tem coisas menos boas também. Mas importante é colocar no jogo a nossa ideia. O FC Porto tem essa obrigação, a de jogar de acordo com as suas qualidades. É verdade que não tem havido tempo para treinar muito, mas não vamos desvirtuar a nossa ideia de jogo.»
«Danilo pode ser o catapultador desta equipa?
Peço desculpa a ti, ao Danilo, ao empresário do Danilo, mas não é por aí. Eu tenho e acredito em todos os meus jogadores e o Danilo é um deles. Confio em todos. Se ele está bem neste momento e os outros menos bem, vão estar bem no domingo. A questão de alguns estarem melhor ou pior é pontual. Quero é que todos estejam ao nível do Danilo. E isso é a nossa convicção. Como deves calcular, o pior é individualizar as questões numa equipa que ser quer solidária. Essa preocupações são para o empresário e para quem se preocupa só com o Danilo. Definimos estratégias para a evolução individual dos jogadores, a nível organizativo, técnico-tático, cognitivo e emotivo-emocional, mas é mais importante para nós falar do coletivo. Queremos ser fortes amanhã e tudo o mais que se disser só serve para nos desviarmos do que é essencial para nós, que é o Belenenses. Queremos provar o que somos e continuar na luta pela Liga, jogando bem, o que é essencial para ganhar.»
« O F.C.Porto sofre muitos golos. O que fazer para melhorar?
Sabemos o caminho que estamos a fazer; sabemos as situações que impediram que esse caminho estivesse menos solidificado do que está. Lesões, castigos perturbam esse processo. Mas isso não é desculpa. Temos mais 11 jogos para a Liga. Não vou fazer avaliações sobre as próximas jornadas.»
«Indi não vai jogar. Depois dos jogos frente ao Dortmund e frente ao Benfica, a equipa está curta no centro da defesa?
Lesões e castigos existem em todos os clubes, como também é no
nosso. O Dortmund que é uma equipa poderosa ganhou-nos e marcou dois
golos, porque um foi ilegal. E nem sei se não ganharíamos esse jogo.
Vocês deram pouco sentido a isso, mas pronto. Repito: sofremos um golo
ilegal com uma defesa alterada que não sofreu qualquer golo legal.»
Histórico, C.F.os Belenenses-F.C.Porto, Século XXI:
O Belenenses FC Porto é um clássico em Portugal. O clube do
Restelo apenas esteve ausente em 7 edições do principal campeonato do futebol português e
todas pós Abril de 1974. A partida de amanhã será a 75ª a contar para o campeonato e com um balanço equilibrado: os Dragões venceram em Lisboa
o Belenenses em 29 partidas, registam-se 19 empates e o histórico
Belém venceu 26 confrontos - tendencialmente nos primeiros 40 Campeonatos
disputados. O Belenenses marcou 99 golos e os Dragões como
visitantes, apontaram 96 tentos, isto nas anteriores 74 partidas já
realizadas, quer nas Salésias - o primeiro campo de futebol relvado
construído em Portugal - e no actual Estádio do Restelo.
Aproximando
a "máquina do tempo" e observando os 12 confrontos realizados para o campeonato neste século XXI - há um hiato de 3 temporadas consecutivas de
ausência do Belenenses na I Liga -, o FC Porto venceu no Restelo 8
jogos, empatou duas partidas e foi derrotado duas vezes. Curiosamente,
as duas últimas derrotas consecutivas dos Dragões aconteceram no inicio
do Século e os dois empates, também consecutivos, foram registados nas
duas últimas desalocações a Belém. Vejamos agora, resultados,
temporadas e marcadores respectivos, nos ltimos 12 confrontos
realizados no Restelo neste Século:
2000/01, Belenenses 2 - FC Porto 0!
2001/02, Belenenses 3 - FC Porto 0!
2002/03, Belenenses 1 - FC Porto 3, golos: Jorge Costa 2 e Alenichev
2003/04, Belenenses 1 - FC Porto 4, golos: Derley, Deco, César Peixoto e Marco Ferreira.
2004/05, Belenenses 0 - FC Porto 1, golo: Costinha.
2005/06, Belenenses 0 - FC Porto 2, golos: Adriano 2.
2006/07, Belenenses 0 - FC Porto 1, golo: Helder Postiga.
2007/08, Belenenses 1 - FC Porto 2, golos: Lucho e Lisandro.
2008/09, Belenenses 1 - FC Porto 3, golos: Hulk, Lucho e C. Rodríguez.
2009/10, Belenenses 0 - FC Porto 3, golos: Rolando, Hulk e Falcao.
2013/14, Belenenses 1 - FC Porto 1, golo: Mangala.
2014/15, Belenenses 1 - FC Porto 1, golo: Jackson.
E
como recordar é viver... Rabat Madjer o homem do calcanhar mágico, fez a
sua estreia com a camisola do FC Porto na 8ª jornada do campeonato de
1985/86, justamente no Restelo, dia 27 de Outubro de 1985, coroando a
estreia com muita magia e uma vitória do F C Porto por 3-2. Os Dragões venceram
com 2 golos de Gomes e 1 de Vermelhinho. Madjer foi o
protagonista e logo ali deixou um cheirinho de toda a sua classe. Recordamos o onze dos Dragões orientados por Artur Jorge na estreia de Madjer: Zé Beto, João Pinto, Lima
Pereira, Celso e Inácio (Eduardo Luís); André, Semedo e Laureta, Zé
Albano (Vermelhinho), Madjer e Gomes.
Nota final:

PS - Obrigado Michel, obrigado Gianni, como ainda se viu na última quinta-feira, o futebol português em geral e o F.C.Porto em particular, só tem de vos agradecer tanta simpatia e generosidade.
Perto de três meses para o sim ou sopas
Com a eliminação da Liga Europa e a perto de três meses do final da época, o F.C.Porto, depois do jogo de Belém, vai passar a jogar apenas de semana a semana - a excepção é jogo para a segunda-mão das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao Gil Vicente, jogo a disputar na próxima quarta-feira e que é uma mera formalidade, serve apenas para carimbar o passaporte para o Jamor, tal é a vantagem dos Dragões: 3-0. Nessa situação quase ideal, só não é ideal porque não temos qualquer margem de manobra - mas até isso serve para ver quem tem ou não, estofo para um clube desta exigência e dimensão - e não podemos falhar, vai haver mais tempo para descansar, trabalhar, para se ver quem é quem. Se chegaremos a Maio com uma equipa mais consistente, mais organizada, mais equilibrada, uma equipa colectivamente forte, onde as individualidades possam encaixar e desabrochar, uma equipa com um futebol mais perto daquilo que se exige a uma equipa do F.C.Porto. Ver se lá chegaremos com algum título conquistado e acabaremos com a moral em alta, fundamental para que possamos iniciar a de 2016/2017 optimistas.Só nessa altura será feito o balanço, se poderão tirar conclusões definitivas, embora no futebol às vezes e temos muito exemplos desses, o que é verdade hoje é mentira amanhã. Tudo, porque neste momento, com algumas, poucas, excepções, todos parecem maus, resta saber se são mesmo maus ou vítimas da conjuntura que não ajuda ninguém, pior para quem chega de novo - no final da época estaremos em melhor posição para responder, não sobre alguns que já conhecemos bem, mas sobre aqueles que chegaram há pouco tempo ao F.C.Porto.
Também porque e já aqui referi, mesmo sem grande fulgor e brilhantismo, houve um Porto até e um Porto depois do traumatizante jogo no Dragão frente ao Dínamo de Kiev. Após esse jogo de muito má memória, tudo descambou, faltou Porto dentro do campo e fora dele. Não é normal no F.C.Porto, que uma derrota, por mais dolorosa que ela seja, tenha tantas e tão graves consequências na temporada dos azuis e brancos, como teve a derrota frente aos ucranianos. Silêncios, omissões, reacções pífias, acções a reboque dos acontecimentos e não antecipando e prevenindo acontecimentos, incoerências a toda a hora, têm sido o prato do dia e quando é assim, não há milagres, paga-se um preço alto. E aqui chegados, estamos numa situação difícil, mas não é uma situação nova. Já passamos por isto antes e tal como agora já havia quem não augurasse grande futuro para o F.C.Porto. Na altura demos a volta por cima e de forma brilhante, quero acreditar que podemos voltar a dar. Mas para isso, compete aos profissionais que dirigem o clube e a SAD e que se preparam para continuar por mais quatro anos, encontrar a estratégia correcta para sairmos disto, mobilizando o portismo e indicando o caminho, de forma que se se confirmarem estes três passos atrás - o título ainda não está perdido - se possam transformar no futuro, a curto prazo, em muitos mais à frente. Não podemos voltar a ter hesitações, como já tivemos em vários momentos do passado e que nos saíram caro. Seja no que toca a treinador, seja em relação aos jogadores. Temos de voltar a ser Porto, um Porto temido e respeitado, dentro e fora do campo e onde aqueles, como aconteceu ontem na transmissão da SIC, pensem duas vezes, antes de gozarem connosco. Um Porto que tenha sempre em primeiro lugar e por objectivo principal a conquista do título, mas um Porto que nas provas europeias seja capaz de arrebitar cabelo, dar uma imagem diferente, à altura dos seus pergaminhos que tanto custaram a conquistar.
No jogo de ontem, é verdade que a eliminatória estava muito inclinada para os alemães - repito, são melhores a todos os níveis e não são estes jogos que me tiram do sério, esses são frente aos Aroucas desta vida...-, mas não havia necessidade de árbitro a inclinar ainda mais. Mark Clattenburg validando um golo num fora-de-jogo escandaloso e com um critério disciplinar vergonhoso - aquela entrada bárbara sobre Danilo, é um vermelho e de três jogos de castigo, nunca pode passar apenas com amarelo -, esteve do lado do mais forte, contra o mais fraco. Também nesta matéria há uma Europa duas velocidades.
O Benfica está de luto. Vítor Pereira abandona a arbitragem.
Já acompanho de perto o futebol o português há décadas, não me lembro de ver um clube fazer uma defesa tão acérrima, tão constante, de um presidente do Conselho de Arbitragem como o clube do regime faz de Vítor Pereira. Seja através da sua máquina de propaganda ou através dos seus cachorrinhos amestrados, desde os mais pequeninos, tipo chouriços, até aqueles muito avantajados, é Deus no Céu e Vítor Pereira na Terra. Quem os ouve e quem os lê, fica com uma certeza: para além do actual líder da arbitragem, não há mais ninguém que reúna as condições necessárias para dirigir um sector tão importante para o futebol, como é a arbitragem. Pudera! E com Vítor Pereira de saída, preparem-se, depois do luto, vai ser uma choradeira e uma gritaria constante.
F.C.Porto 0 - Borussia Dortmund 1. Passou a melhor equipa
O desafio era tremendo, o adversário bem melhor individual e colectivamente, só poderia ser ultrapassado com uma grande exibição. Só um Porto das melhores noites europeias, perfeito em todos os capítulos do jogo teria condições de eliminar este Borussia e seguir em frente. Mas com um jogo importantíssimo em Belém, a menos de 72 horas, José Peseiro precaveu-se, mostrou que o jogo do campeonato era mais importante que o da Liga Europa e assim, bastou olhar para a equipa que entrou de início para se perceber que só por milagre esse Porto apareceria no bem cuidado relvado do Dragão. E como no futebol ao mais alto nível, os milagres são uma espécie em vias de extinção, passou a melhor equipa e o F.C.Porto está fora das competições europeias. Sem ter descambado, justificando até um melhor resultado na noite de hoje, é verdade que os Dragões deixaram uma imagem muito pálida do seu valor, não estiveram à altura dos seus pergaminhos, do prestígio que têm no futebol do Velho Continente.
Numa primeira-parte equilibrada, embora com mais qualidade na forma como a equipa de Dortmund tratava e circulava a bola, o que fez a diferença e deu uma vantagem injusta aos alemães no final dos 45 minutos, foi, um, o golo irregular, num fora-de-jogo que passou em claro a Mark Clattenburg e ao seu auxiliar; dois, um F.C.Porto sem ataque. Com Varela na esquerda a nunca se desenvencilhar do seu marcador, Marega na direita a raramente deu seguimento a uma jogada e pior, com um Aboubakar completamente desastrado e incapaz de fazer os mínimos, só já na parte final do primeiro tempo o F.C.Porto chegou com perigo à baliza de Burki. Conseguiu-o, muito por mérito, principalmente do seu trio de médios, Evandro, Danilo e Rúben Neves. E foi o brasileiro, com um remate cruzado, quem esteve mais perto do golo. Golo que também podia ter acontecido logo a seguir, quando Varela, após centro bem medido de Layún, cabeceou para uma grande defesa do guarda-redes do Borussia.
Portanto, mesmo com algumas peças claramente abaixo do que era necessário - aos já citados, acrescente-se José Ángel -, mesmo grande clarividência e fluidez no seu futebol, os pupilos de Peseiro podiam e até mereciam, ter ido para as cabines empatados.
Se a tarefa já era hercúlea, a perder e com a obrigação de marcar quatros golos na segunda-parte, a missão dos azuis e brancos ficou impossível. É verdade que os Dragões entraram fortes, tiveram um período bem agradável, em particular após a entrada de Suk para o lugar de Aboubakar, mereciam ter marcado. Não marcaram e conforme o tempo ia passando, foram perdendo força física e anímica, só mais tarde, já perto do fim, Brahimi que tinha substituído Varela, teve e desperdiçou a mais flagrante oportunidade, quando sozinho atirou à barra. No espaço de tempo entre o bom jogo portista e o lance de Brahimi, os amarelos de Dortmund estiveram confortáveis, foram controlando, chegando à área de Casillas com algum perigo, podiam ter marcado. Seria injusto, o F.C.Porto não merecia perder, quanto mais por dois golos de diferença.
Concluindo e repetindo, passou a melhor equipa, mesmo que no jogo de hoje o resultado mais certo fosse a igualdade. O F.C.Porto mostrou algumas debilidades colectivas e individuais, debilidades que em jogos desta exigência e deste nível, se tornam muito mais notórias.
O F.C.Porto - Borussia; a coerência do rolo de papel higiénico, usado; e o santinho do pau oco
Não vale a pena estarmos com rodeios: a eliminatória está muito difícil para o nosso lado. Frente a uma grande equipa, recheada de excelentes jogadores e com uma vantagem confortável de dois golos, só um Porto perfeito pode ultrapassar o Borussia e seguir em frente. Só um Dragão de chama muito alta, determinado, rigoroso, coeso, solidário, com uma defesa à prova de bala, um meio-campo competente, organizado e equilibrado na dupla função de atacar e defender, junto com um ataque eficaz, pode ultrapassar um obstáculo que a priori parece impossível de derrubar. Diz a história das competições europeias que nunca o F.C.Porto deu a volta a uma eliminatória em que teve de recuperar uma diferença de dois golos. Mas há sempre uma primeira vez. E se o conseguirmos amanhã, ninguém tenha dúvidas, será um feito a pedir meças aos maiores feitos do F.C.Porto nas competições da UEFA.
Porque um Dragão nunca perde a crença e não desiste, mesmo nas piores circunstâncias, lá estarei. Apesar do preço dos bilhetes serem uma barbaridade, até para aqueles que como eu, têm lugar anual.
O árbitro é o inglês Mark Clattenburg, tendo como assistentes Simon Beck e Jake Collin, como assistentes adicionais Anthony Taylor e Andre Marriner e como quarto árbitro Stuart Burt, também todos ingleses.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Casillas;
Defesas, Maxi Pereira, Marcano, José Ángel e Layún;
Médios, Danilo, Herrera, Sérgio Oliveira, Rúben Neves, André André e Evandro;
Avançados, Brahimi, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e Corona.
Equipa provável:
Casillas, Maxi, Danilo, Marcano e Layún, Rúben Neves e Herrera, André André, Evandro e Brahimi, Aboubakar.
Antevisão de José Peseiro:
«A principal confiança que temos é em nós próprios. Acreditamos no potencial dos nossos jogadores e temos 90 minutos para recuperar de uma desvantagem de dois golos, sendo que no último jogo conseguimos fazê-lo em 50. São adversários diferentes, com potencial diferente, mas acreditamos em nós. Sabemos que é difícil, mas temos potencial, ambição e acreditamos que é possível dar a volta à eliminatória. Queremos defender todos e bem e atacar todos e bem, mas só se pode ganhar ao Borussia Dortmund com superação individual e coletiva. Temos de estar nos limites, até porque eles vêm jogar aqui com uma motivação tremenda. Sabemos da força do adversário, mas também sabemos da nossa força, sendo importante mantermo-nos equilibrados no processo defensivo e ofensivo».
«Sabemos da força do adversário e que o resultado neste momento não nos é favorável, mas também sabemos o que queremos fazer. Queremos ser afirmativos e mais ofensivos, sobretudo porque jogamos em casa e contamos com o apoio dos nossos adeptos. Queremos ter mais bola, atacar mais e destabilizar mais o nosso adversário, sabendo que temos de ser inteligentes, equilibrados e pacientes. Queremos ganhar o jogo nos 90 minutos e passar a eliminatória com o nosso potencial, qualidade e organização, mas também com paciência, pois não queremos sofrer golos. Vamos defrontar uma equipa forte, mas não vamos ter medo e procuraremos estar mais equilibrados».
«Sonho em conseguir títulos neste clube e é nossa obrigação tentar vencer todos os jogos que disputamos, seja qual for o adversário. Sabemos que a tarefa é difícil, mas vamos lutar até ao fim. Se estivessem aqui todos os jogadores a falar, eles diriam que têm uma grande vontade em dar a volta à eliminatória, e no futebol não há impossíveis. É muito difícil, mas acreditamos que é possível e lutaremos até ao fim. Os meus jogadores fazem-me acreditar que é possível. A derrota deixou-nos tristes e isso é um sinal de que sabemos que podemos fazer mais».
Antevisão e Ivan Marcano:
«Temos de dar a volta a um resultado negativo e ajuda ter dado a volta a outros jogos recentemente. Temos a esperança e a ambição de consegui-lo outra vez, e isso motiva-nos a todos. Somos uma equipa e todos atacamos e todos defendemos; acredito que o vamos fazer bem amanhã».
« O equilíbrio é fundamental, temos de estar no ataque e na defesa, atrás todos somos importantes. Vamos jogar quatro e eu, pessoalmente, estou preparado para jogar com Martins Indi, com Chidozie, com Miguel Layún… Seja com quem for que o treinador decida. Temos um grande plantel e todos os jogadores que têm vindo a jogar até agora têm dado bem conta do recado. Acho que não há diferenças e quem jogar vai fazer o melhor possível».
«É importante não sofrer golos, visto de fora, creio que o FC Porto lutou muito e que estivemos um pouco atrás, mas acredito que, com a ajuda dos nossos adeptos, aqui no Dragão podemos jogar mais acima, com esperança e ambição para dar a volta».
A coerência do rolo de papel higiénico, usado!


O santinho do pau oco
A vida corre-lhe bem, o Conselho de
Arbitragem e a Justiça da FPF, portam-se como autênticas sucursais do
Benfica, Vieira dá ares de superior, coloca a pose de estadista de
pacotilha, arma-se em santinho do pau oco e como beneficia de uma
comunicação social de cócoras e alinhada com as suas teses, atira: "Os outros que falem de nós". Esquece-se Vieira, primeiro, que todas as semanas dirigentes e funcionários do Benfica - Rui Gomes da Silva, Sílvio Cervan, Pedro Guerra (este pobre de espírito até tentou passar a ideia que o terceiro golo do F.C.Porto frente ao Moreirense foi irregular), João papagaio verde de bico encarnado Gabriel... -,
falam e muito, dos outros; segundo, que nós todos temos memória e nem
precisamos de fazer um grande esforço para nos lembrarmos do que dizia
Vieira, sobre tudo e sobre todos e não vai há muito tempo. Repito: agora
só tem esta pose cínica e hipócrita, porque tudo está a favor do seu
clube.Apenas uma falta em 77 minutos? Mas o que é isto?
Não alterando nada do que disse no post de ontem, em relação a José Peseiro, hoje ao ler o artigo de Manuel Queiroz, no jornal O Jogo, houve uma coisa que me chamou a atenção e nem queria acreditar no que estava a ler: até ao minuto 77, altura em fez o 3-2, o F.C.Porto tinha feito apenas... uma falta! Mas o que é isto? Nem nos jogos das meninas acontece uma coisa destas! O F.C.Porto sempre foi e tem de voltar a ser, rapidamente, uma equipa agressiva, que não violenta, note-se, rápida e determinada a lutar pela recuperação da bola e pelas segundas bolas, capaz de fazer as chamadas faltas cirúrgicas quando é preciso, não ter medo de meter o pé quando é necessário. Há jogadores que pelas suas características - já dizia o meu amigo Nuno Capucho: "eu não sou o Paulinho Santos", quando eu lhe apontava a falta de agressividade -, mas agora é uma equipa completa que não é agressiva - Maxi é um caso à parte, ele agora tem de ter cuidados redobrados, é o exemplo dos critérios díspares dos senhores do apito. Uma falta em 77 minutos?! Que equipa tão macia, tão simpática, tão cheia de fair-play. Não pode ser! Tem de haver alguém lá dentro que dê uns gritos, que faça cara feia e diga, como acontecia no passado: mete o pé, caral..., não tenhas medo que eles não te batem... Tempo para criar e consolidar automatismos, não tem havido muito, como disse, pagamos por isso um preço caro, principalmente nos processos defensivos. Mas se formos mais fortes, determinados e agressivos sem bola, muitas coisas vão melhorar e para isso não é preciso muito tempo. É a cabecinha dos meninos que tem de mudar.
O futebol é demasiado sério, não pode servir para tudo, ser tratado da maneira que o responsável da ADoP, Rogério Jóia, o tratou numa reportagem que passou na RTP - aqui. O doping é uma praga que, entre outras coisas, desvirtua a verdade desportiva e por isso tem de ser combatido, em todas as modalidades sem excepção. Mas não é com ameaças de alguém com sede de protagonismo. Quem exerce o cargo de responsável por um departamento tão importante, não pode aparecer como um lunático enraivecido, deve fazê-lo com recato, discrição e também não pode aparecer com ameaças veladas, insinuações gratuitas, passando para a opinião pública questões que têm de ser tratadas nos lugares próprios. Isto, se de facto, se quer resolver os problemas... Este cavalheiro devia ser imediatamente demitido pela tutela. Ao contrário do que diz José Manuel Ribeiro, no Jogo de hoje, nem era preciso os presidentes da Liga e da FPF fazerem alguma coisa...
Soltas e boas, quentinhas...:
«Os Super-Dragões iam para a "Taberna do Esquiça" cheios de más intenções, tanto que até enviaram o seu líder e elemento mais conhecido.»
«Depois de Neymar, até o "Coveiro" Amaral, lembram-se, aquele que tinha o olhar contra o governo, entrou na campanha do panfleto da queimada: vamos levar Jonas, o Piscineiro, à selecção do Brasil.»
«Perguntar a um ex-dirigente do Benfica, se o clube do regime tem sido beneficiado pelas arbitragens, é o máximo. Não achas, Quim?
Se acho, Carlos, é de um pioneirismo que nos deixa arrepiados»
«O "Chouriço" afirmou ontem no Dia Seguinte que JJ vai treinar o F.C.Porto na próxima época.
Quim, achas que é "Chouriço" a meter veneno, lançar a confusão?
Claro, Carlos, estou admirado é que ainda o leves a sério... Olha, conheço alguém que já me garantiu: se o "Catedrático" vier para o F.C.Porto fecha o tasco»
«No panfleto da queimada: "O F.C.Porto foi beneficiado no jogo com o Moreirense?" Resultado: 82%, sim; 18%, não.
Ó Quim, tens a certeza que não fizeram o mesmo no Paços-Benfica?
Tenho, Carlos. Então aqui vai: são uns rafeiros, uns vendidos, gente não recomendável e sem vergonha na cara. Uns Montes de lixo!
«Jajajajajajaja...
O que é isso, ó Carlos?
É uma risada, à totó.
E porque te ris?
Olha, Quim, estão todos preocupados - até o Neves do panfleto da queimada -, porque o Renato Sanches - sem esquecer Jardel e André Almeida -, está à bica, se levar amarelo contra o União, não joga em Alvalade.
Jajajajaja... um árbitro, na Luz, mostrar o amarelo que impedia o 50º candidato a novo Eusébio, de jogar o clássico, é de mijar a rir. Jajajajajajaja... é a Bicha, é a Bicha, vou-te devorar, crocodilo eu sou...»
Nota final:
Só por má-fé, alguém pode culpar Martins Indi, por num remate à queima-roupa, interferir na trajectória da bola e acusá-lo de ter feito auto-golo, no segundo golo do Borussia, no jogo de quinta-feira passada.
Nem os piores inimigos do F.C.Porto se atreveriam a tanto, mas Miguel Sousa Tavares, fê-lo, criticando o jogador. Surreal!
Para ler os artigos, clicar em cima das imagens.
João Capela no Belenenses-F.C.Porto; Cosme Machado no Benfica-União; Tiago Martins no Vitória-Sporting. A coerência é bonita e eu gosto!
Jorge Ferreira é como o código postal... e um elogio a José Peseiro
Vamos lá abordar as arbitragens do fim-de-semana, que o Dragão até à morte, mesmo sendo um blog de um adepto ferrenho do F.C.Porto, é muito mais sério, equilibrado e isento que aqueles que, por dever do ofício, os "senhores" da comunicação social, são - salvo raríssimas excepções, para salvaguardar uns poucos que não têm medo e não estão de camisola da clubite vestida, a analisar.
Não vou discutir se o meu penalty é mais penalty que o teu, mesmo que um me pareça duvidoso e o outro não há dúvidas que não foi. Assim como não vou falar do lance sobre Brahimi ou se a bola estava fora no primeiro golo do Moreirense, etc. Também nunca fiz, não faço nem nunca farei, classificações virtuais, dada a subjectividade dessas análises, muitas vezes ao sabor de certas conveniências. Muito menos direi, o que já disseram alguns escaravelhos em relação ao F.C.Porto, que se o benfiquista de Fafe não marcasse aquele penalty, o Benfica não ganhava o jogo. Não, não vou por aí, mas vou abordar aquilo que para mim é fundamental: critérios dos árbitros e nomeações. Vejamos:
O Benfica perdeu com o F.C.Porto, todos os cuidados eram poucos, o clube do regime não podia correr riscos de voltar a ter um resultado negativo nesta altura crucial do campeonato. E assim, mesmo frente a um Paços de Ferreira muito desfalcado e obrigado a improvisar, Vítor Pereira não facilitou, enviou para a Mata Real, Jorge Ferreira, o benfiquista de Fafe. E ele que é uma espécie de seguro de vida e código postal, para os vermelhos da Luz, cumpriu a sua missão: em dois lances idênticos, na área do Benfica, amarelo para o jogador do Paços, por simulação; na área do Paços, penalty a favor do Benfica. Mas se recuanos umas semanas e nos lembrarmos que este "artista" foi o árbitro do último F.C.Porto-Marítimo e não assinalou nada em dois lances na área dos madeirenses que foram muito mais penalty que o que assinalou ontem, está mais que visto que estamos cobertos de razão quando dizemos e repetimos que há critérios completamente diferentes na forma como os árbitros - este em particular -, apitam o Benfica ou F.C.Porto. Já no que toca à nomeação, não pode haver qualquer comparação entre Jorge Ferreira e Luís Ferreira que arbitrou o F.C.Porto-Moreirense. O primeiro tem um histórico em jogos do Benfica que não o recomendam para jogos do clube da Luz, o segundo, não me lembro de ter arbitrado o F.C.Porto e se arbitrou, nunca houve razões de queixa de favorecimento aos Dragões, porque se houvesse os nossos "amigos" não se esqueceriam de o realçar na altura devida, obviamente, antes do jogo de ontem.
Portanto, o que está aqui em causa e este Jorge Ferreira é um bom exemplo, são os critérios de análise aos lances nas áreas: para uns, penalty, eu juro que vi penalty, disse o árbitro, para outros, nada, até levas cartão para aprender. E a já referida nomeação, sem esquecer a forma como para uns os cartões saem rápido do bolso enquanto para outros... vale quase tudo. E nesta matéria... contra factos, não há argumentos, há um clube que nos últimos anos tem tido privilégios que mais ninguém tem. Mais, como se tem visto com as poucas excepções em jogos que envolvem o F.C.Porto, se o que se tem passado com o Benfica, fosse com os Dragões, já há muito que tinha caído o Carmo e a Trindade.
Reparem no pormenor... o 50º candidato a novo Eusébio, ao lado do árbitro, aponta para a marca de grande penalidade. E o benfiquista de Fafe faz-lhe a vontade...
Última nota sobre esta matéria:
A Renascença foi ouvir o ex-árbitro e actual comentador de arbitragem, José Leirós, sobre os penalties no Paços de Ferreira-Benfica, F.C.Porto-Moreirense e Braga-Vitória S.C. Leirós foi peremptório: foram os três mal assinalados! OK, nem discuto. Mas a Renascença que deu 4, numa escala de 0 a 5 a Jorge Ferreira e deu apenas 2 a Luís Ferreira, podia ter aproveitado para explicar o critério que leva um arbitro que esteve mal, levar um nota negativa e outro que também esteve mal a levar um nota muito positiva.
Será que vão corrigir a nota dada ao benfiquista de Fafe?
Acabei de saber por volta das 19:35 que a nota da Renascença ao árbitro do Paços-Benfica foi corrigida, passou de 4 para 2, uma nota negativa. Acho bem, fico contente e como me compete, porque este é um blog de gente séria, dou conta da correcção. Errar todos erramos, o desporto da Emissora Católica ao reconhecer e corrigir o erro, teve uma atitude louvável e porque infelizmente não é muito comum, merece ser realçada.
Como não mudo ao sabor do vento, nem sou xenófobo, o critério com que avalio o trabalho de José Peseiro é o mesmo que avaliei Lopetegui ou qualquer outro treinador, procurando ser sempre respeitador, justo, objectivo e construtivo quando critico. Compreendi as dificuldades do treinador para formar a defesa em Dortmund, não compreendi quando Peseiro ao intervalo e a perder, tirou Corona e meteu um médio. Mas tenho sempre presente que um treinador procura sempre o melhor para a sua equipa, quem conhece melhor os seus jogadores e sabe o que lhe podem ou não dar a cada momento. Depois, as substituições e as alterações, umas vezes resultam, outras não, o treinador passa de bestial a besta num instante. Peseiro, ontem viu o jogo dar-lhe razão, mas podia não resultar e não era por isso que merecia ser atacado. Nem merece ser atacado porque as coisas não têm estado bem, sofremos golos com muita facilidade, qualquer equipa, mesmo aquelas que nos são muito inferiores, nos têm causado grandes problemas. Não podemos ser demasiado exigentes para com um treinador que herdou uma situação muito difícil, tem tido imensas dificuldades com lesões, castigos e até maiconadas que não estavam no programa e já nos custaram bem caro. Tudo num cenário de pressão enorme, onde não ganhar é a morte do artista e quase sem tempo para trabalhar, consolidar processos, sistematizar automatismos, ao fim e ao cabo, fazer do F.C.Porto uma equipa consistente, fiável, capaz de preencher todos os requisitos necessários a uma equipa com a exigência e responsabilidade dos Dragões. Mas uma coisa e muito importante, já podemos creditar a Peseiro: a equipa está unida, solidária, tem alma, pode não jogar aquilo que queríamos, mas tem espírito de luta e não desiste.
F.C.Porto 3 - Moreirense F.C. 2. Dragão de alma grande, não desiste
Começando pelo fim: sem ver as imagens com a atenção devida, não acho que o lance sobre Maxi seja penalty. O lance sobre Brahimi deixa-me dúvidas. Curioso, mas a confirmar tudo o que tenho dito, hoje a Renascença deu 2 ao árbitro, nota negativa; ontem, no Paços-Benfica, tinha dado um 4, nota muito positiva, a Jorge Ferreira. Cada um que tire as suas conclusões.
Continuando, como não me canso de dizer, não somos obrigados a ganhar, mas temos de fazer sempre tudo para ganhar, nenhum portista pode sair de um estádio onde joga o F.C.Porto com a sensação que a equipa não deu tudo para conseguir conquistar a vitória. Também digo, se não vamos lá na qualidade de jogo, na inspiração, temos de ir na transpiração, na alma, na raça, na crença, na amarra. Foi o que aconteceu hoje, muito por culpa de alguns jogadores jogadores, nem preciso de citar os nomes, que só chegaram esta época, um até só chegou em Janeiro e têm uma entrega e um espírito de luta e de antes quebrar que torcer, que faz deles uma espécie de Dragões desde pequeninos.
Se a estabilidade já não é muita, voltar a sofrer um golo cedo, 10 minutos, reagir e antes da meia-hora sofrer outro, ficar a perder por 0-2 - já não me lembro da última vez que aconteceu um reviravolta depois de uma desvantagem de dois golos... ou melhor, essa lembrança remete-me para 1983/1984, frente aos ucranianos do na altura, Shaktior, agora Shakhtar Donetsk -, foi juntar à instabilidade, mais instabilidade. Um Moreirense bem organizado e atrevido, saindo com critério para o contra-ataque, aproveitou bem os desequilíbrios no meio-campo e principalmente no centro da defesa do F.C.Porto, onde à inexperiência de Chidozie - dois jogos, dois companheiros diferentes -, se juntou Marcano a acusar a paragem, para se adiantar, conseguir uma vantagem confortável e causar surpresa. Com o público do Dragão incrédulo e o espectro do Arouca a pairar, o F.C.Porto reagiu, mais com o coração que com a cabeça, é verdade, mas foi chegando à frente com perigo, ameaçou por várias vezes, a barra e um excelente Stefanovic foram evitando aquilo que o conjunto de José Peseiro merecia: um golo, pelo menos. E ele chegou, iam decorridos 41 minutos, através de uma grande-penalidade convertida por Layún.
Do mal o menos, sempre foi melhor ir para o intervalo a perder por um que por dois. Pelo que o F.C.Porto fez, ir a perder já era uma injustiça, ir a perder por dois golos seria uma injustiça muito maior e demasiado penalizadora para a equipa dos Dragões.
Para a segunda-parte, uma alteração na equipa da casa: saiu um desinspirado Corona - mais uma exibição para esquecer... -, entrou, surpreendentemente, Evandro, quando se esperava Marega ou Varela, tendo descaído André André para a direita. E também foi com alguma surpresa que o público portista, quando estava a contar com uma entrada em força por parte da sua equipa, viu os de Moreira de Cónegos a iniciarem a etapa complementar com o mesmo atrevimento. Sim, o Moreirense entrou muito bem, valeu ao F.C.Porto, Casillas estar atento e com duas belíssimas defesas, manter a diferença mínima, tudo em aberto. Depois desse pequeno susto e depois já com Marega no lugar de Chidozie - Danilo passou para o lado de Marcano -, os Dragões instalaram-se no meio-campo adversário, encostaram-no lá atrás, foram ameaçando, o sufoco foi muito, a defesa dos de Moreira de Cónegos começou a vacilar, a abanar, as marcações baralharam-se, num canto de Layún, Suk de cabeça fez o empate, colocou um mínimo de justiça no marcador - que grande jogo fez o sul-coreano! Só que o empate não servia, era preciso mais. E houve mais. Mesmo tendo tido o jogo complicado em Dortmund e uma viagem de regresso muito atribulada, a equipa de Peseiro teve raça, não abrandou e passados 4 minutos consumou a reviravolta. Mais uma bola na área, Herrera acreditou que podia chegar a uma bola que parecia ir sair pela linha de fundo, colocou-a no segundo poste onde apareceu Evandro a marcar e a colocar o F.C.Porto em vantagem. Foi uma grande explosão de alegria, fez-se justiça, era a recompensa para uma equipa que foi capaz de ter uma grande alma e nunca desistir.
Uffa, sofre coração, mas valeu a pena.
F.C.Porto - Moreirense F.C. O Dragão não pode voltar a adormecer!
Depois de uma derrota que deixou marcas frente ao Arouca, entretanto já ultrapassadas pela importante vitória na Luz, o F.C.Porto volta ao Dragão para defrontar o Moreirense e não pode voltar a descarrilar. As condições de preparação deste jogo que já não seriam as ideais - nem 72 horas passaram sobre o desgastante confronto com o Borussia -, ainda se complicaram - a avaria do avião atrasou em muitas horas o regresso da equipa -, mas mesmo nestas circunstâncias, com mais ou menos sacrifício, os três pontos têm de ficar em casa. Não podemos voltar a fechar a janela de oportunidade que se abriu na jornada anterior, temos obrigatoriamente de ganhar. Só ganhando os nossos jogos, acreditando que é possível, seremos capazes de aproveitar um eventual deslize de quem vai à nossa frente na classificação. Seria péssimo que em jogos em casa, onde somos claramente favoritos e frente a uma equipa manifestamente inferior, voltasse a acontecer surpresa. Não pode ser, mesmo sabendo que ninguém nos dá nada de barato, que vamos ter de fazer e muito pela vida. O Dragão não pode voltar a adormecer!
A hora, 18:15, é boa, o tempo, apesar de frio, está bom, um estádio cheio, entusiástico e pronto a apoiar, ajudará a ultrapassar tudo, fará até, das fraquezas, forças. Os únicos assobios admissíveis são para os adversários e para a equipa de arbitragem.
O árbitro é Luís Ferreira, auxiliado por Nuno Manso e Sérgio Serrão.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Casillas;
Defesas, Maxi Pereira, Chidozie, Marcano, José Ángel e Layún;
Médios, Danilo, Herrera, Sérgio Oliveira, André André e Evandro;
Avançados, Brahimi, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e Corona.
Equipa provável:
Casillas, Maxi, Chidozie, Marcano e Layún, Danilo e Herrera, André André, Brahimi e Corona, Aboubakar.
Antevisão de José Peseiro:
«É um jogo que queremos e temos de vencer. Sabemos que não temos outra possibilidade. Cada jogo é uma final para nós».
«Temos a confiança de que vamos fazer um bom jogo e conseguir um bom resultado».
«Quem está no FC Porto, quem joga por objectivos e joga com esta responsabilidade e pressão tem que estar satisfeito».
«Neste nível o único objetivo é vencer. Mesmo que tivéssemos outros pontos queríamos ganhar. É uma responsabilidade nossa».
«Sabemos que temos estado condicionados em termos de tempo para o treino. Se conseguirmos marcar mais do que sofremos está bom».
«Jogamos todos os jogos nos limites. Não há cenários de facilitismos no FC Porto».
Histórico dos jogos F.C. Porto - Moreirense F.C.
O histórico do FC Porto Moreirense para o Campeonato, é recente,
resume-se a 5 partidas: 5 vitórias dos Dragões como visitados,
vitórias essas que se registam neste Século e num passado recente.
Vejamos agora esses 5 resultados, temporadas e marcadores respectivos :
2002/03, FC Porto 2 - Moreirense 1, golos: Cesar Peixoto e auto golo!
2003/04, FC Porto 1 - Moreirense 0, golo: Carlos Alberto.
2004/05, FC Porto 1 - Moreirense 0, golo: Maniche.
2012/13, FC Porto 1 - Moreirense 0, golo: Jackson.
2014/15, FC Porto 3 - Moreirense 0, golos: Oliver, Jackson 2.
Como
podemos observar pelos anteriores resultados, o Moreirense vende cara
a derrota quando visita o FC Porto, se os Dragões acumulam 5 vitórias, 4
dessas vitórias foram tangenciais, o único resultado mais
dilatado aconteceu na temporada passada, mas então, foi só aos 70 minutos que
Oliver abriu o activo, para Jackson bisar nos minutos finais dessa
partida. O resultado mais comum foi a vitória do FC Porto por magro 1-0,
esse resultado aconteceu em 3 partidas realizadas no Porto!
Um Dragão até pode cair, perder a chama, mas não sem luta, desistindo antes do tempo
A paixão pelo F.C.Porto não me retira objectividade e realismo. Por isso, sei perfeitamente que se em condições normais, concretamente, um F.C.Porto completo e sem toda a instabilidade que tem rodeado esta época, teria muitas dificuldades, este F.C.Porto cheio de problemas, remendado, obrigado a mexer muito, teria muito mais. E sendo assim, como também sei que Peseiro não é milagreiro, compreendo perfeitamente que o treinador do F.C.Porto tivesse cautelas acrescidas, como primeira preocupação evitar grandes danos, danos que poderiam acabar com a eliminatória na Alemanha e para além disso, prejudicar o efeito que a vitória na Luz teve na confiança e moral da sua equipa. Dito isto, podíamos ter feito mais, apesar de todos os condicionalismos? Não sei, não faço prognósticos após os jogos, dizendo que devia jogar este e não aquele, na direita devia jogar o Quim e não ao Manel, o João é que era, em vez do Nando. Agora há erros que persistem e que nestes jogos são fatais. Sofrer um golo aos cinco minutos, de canto curto, com o jogador que marcou a ter tempo para fazer o remate e a recarga, não pode ser. Não só não saímos como devíamos para o fora-de-jogo, como depois não fomos rápidos a reagir. Também não se pode sofrer o segundo, quando se tem a bola, não se é capaz de sair com ela e pior, não se ataca com agressividade a sua recuperação, deixando os adversários jogarem à vontade, terem tempo para encontrar as soluções ideais.
Continuando, se o Borussia foi convidado a ter bola, depois a ousadia passava muito por nos momentos que a recuperávamos, subir linhas, passar bem, sair com critério e assertividade, colocar a bola nos espaços, não andar com ela, não ter medo de arriscar. E isso raramente aconteceu. Mas há uma coisa que me satisfaz, apesar de tudo e de todas as contrariedades, a última das quais foi o avião que devia ter transportado a equipa ter avariado e obrigado à pernoita em solo alemão: vejo treinador e jogadores com vontade, dispostos a ir à luta. É verdade que nos últimos tempos, poucas vezes com a qualidade que gostaríamos, nem sempre com aquela raça que era a nossa marca, mas com a atitude correcta e sem arranjar desculpas. Há gente neste Porto que não tendo nascido portista e apenas com uns meses de Dragão ao peito, tem tido um comportamento exemplar, gente que pode formar uma base para que no futuro e já a curto prazo, o F.C.Porto recupere alguns dos valores que lhe eram tão caros.
Nota final:
Hoje são os centrais, ontem era o nº 10, amanhã são os laterais. Nunca têm pensamento positivo, nunca vêm com palavras de apoio e confiança, parece que lhes dá jeito estes resultados para poderem criticar, mesmo que sejam críticas requentadas. Neste momento são estes que temos, são estes que devem ser apoiados. A eliminatória está complicada, muito mesmo, mas ainda não acabou. Portanto, não devemos dar como facto consumado a eliminação. Sim, porque um Dragão até pode cair, perder a chama, mas não sem luta, desistindo antes do tempo.
Borussia Dortmund 2 - F.C.Porto 0. São melhores, ganharam naturalmente
Num estádio cheio e com um público vibrante, frente a uma grande equipa e com um dos melhores ataques do mundo, um F.C.Porto desfalcado e remendado, principalmente atrás, só conseguiria sair vivo do Signal Iduna Park e em condições de discutir a eliminatória, se à concentração, união, coesão e espírito de sacrifício, juntasse coragem, atrevimento, personalidade e uma qualidade de jogo que lhe permitisse defender bem, mas com bola morder os alemães, mostrar que lhes podia causar danos. Importantíssimo, aguentar o ímpeto inicial do Borussia, evitar um golo cedo, fundamental para que a confiança e a tranquilidade aumentasse - uma equipa confiante e tranquila, rende sempre mais. É dos manuais do futebol.
Estes eram os pressupostos, só que o F.C.Porto não cumpriu praticamente nenhum. E assim, foi uma vitória natural da melhor equipa, mas apenas por dois golos de diferença, o que permite manter uma pequenina claridade no fundo do túnel. Só uma grande noite europeia, de transcendência e com tudo a correr bem ao F.C.Porto e mal aos alemães, permitirá ao conjunto de José Peseiro seguir em frente na Liga Europa. Isto não é pessimismo, é realismo.
Obrigado a improvisar, o treinador do F.C.Porto colocou Varela a lateral-direito, Layún a central ao lado de Indi e Ángel na esquerda; como médios Rúben Neves ao lado de Sérgio Oliveira, Herrera numa linha com Marega de um lado e Brahimi do outro; na frente Aboubakar. Sem bola a equipa recuava, Varela encostava em Layún, Marega fechava o corredor. Com bola, o ex-Marítimo subia, Varela apoiava. A ideia era boa, mas demorou a estabilizar, o Borussia aproveitou esse espaço, criou perigo, conseguiu um canto e do canto, marcado à maneira curta, a defesa dos Dragões mais uma vez a não subir, Piszczek, sozinho, rematou de cabeça, Casillas ainda defendeu, na recarga, o polaco também de cabeça, fez o golo. Iam decorridos apenas 6 minutos, temeu-se o pior. Com o conjunto de Peseiro incapaz de ter bola, de a trocar, de sair para o ataque, os alemães, mesmo não tendo criado grande perigo, nem colocado muita velocidade e intensidade no jogo, ameaçavam voltar a marcar. Não marcaram, perante uma equipa do F.C.Porto que só aos 33 minutos rematou à baliza, sem perigo. Foi a partir só desse momento a equipa dar um arzinho da sua graça, começou a passar e a jogar no meio-campo adversário.
Portanto e resumindo, vantagem justa da equipa de Dortmund ao intervalo. Os alemães foram superiores, dominaram, tiveram mais bola e embora não tendo grandes oportunidades, tiveram algumas, ao contrário dos da Invicta que estiveram apenas preocupados em não sofrer golos.
Para a segunda-parte, o técnico dos azuis e brancos manteve tudo igual, objectivo principal não sofrer golos. Se fosse possível estender o jogo, óptimo, mas prioridade ao rigor e organização defensiva. Só que em jogos frente a estas equipas, quando se tem bola tem de se conseguir mantê-la e não a dar logo ao adversário, pois com bola e tendo grandes jogadores, cada jogada era um perigo iminente para a baliza de Casillas. Para isso é ter qualidade de passe, pensar e executar rápido, ter critério a definir, profundidade, quando a bola chega no homem mais avançado, é fundamental que este a segure, contemporize, espere ajudas. Com Aboubakar incapaz de fazer alguma coisa de jeito, a que se juntou um Brahimi completamente inconsequente e demasiado agarrado à bola, nunca o F.C.Porto incomodou o último reduto do Borussia, nunca o seu guarda-redes teve qualquer problemas para resolver, até à entrada de Suk - o sul-coreano em 10 minutos deu mais trabalho e criou mais dificuldades à defesa alemã que o camaronês em 80. Foi ele que conseguiu fabricar a única oportunidade de golo clara que os Dragões tiveram em 90 minutos. Antes e com naturalidade o marcador aumentou, sem forçar, esteve sempre mais perto o 3-0 que o 2-1.
Concluindo, se um Porto completo teria muitas dificuldades, este Porto, cheio de adaptações, teve muito mais. Fez o que pôde, nada a apontar à atitude, mas pôde pouco, frente a uma equipa de grande valor e que venceu com toda a justiça, mesmo sem fazer um jogo por aí além.
Notas finais:
Faltou mais equipa, mas os adeptos do F.C.Porto fizeram-se sentir e bem Signal Iduna Park.
Não havia necessidade do árbitro ser tão caseiro.
Borussia Dortmund - F.C.Porto. Só um Dragão de alto nível sairá incólume do Signal Iduna Park
Depois de ultrapassar com sucesso uma montanha, digamos, de 1ª categoria, para não ferir a susceptibilidade dos nossos "amigos" da Luz e quando muita gente dizia que não tinha capacidade para tal, o F.C.Porto tem amanhã ao final da tarde mais uma montanha pela frente, esta muito mais difícil, de categoria super-especial. As rampas Reus, Aubameyang e Mkhitaryan, por exemplo, são terríveis, vão obrigar a um muito maior esforço e concentração, atitude e coragem, personalidade e qualidade, porque só assim, com estes itens competentemente preenchidos, o Dragão poderá sair do Signal Iduna Park incólume e com as aspirações intactas. Não estão algumas figuras importantes, mas há "aguadeiros" prontos a substituí-los a preceito e de forma que a camisola às riscas azuis e brancas possa continuar na luta e a acreditar que pode cortar a meta de Basileia em primeiro lugar. Sim, porque passar este gigante, por alguns considerado inacessível, é um grande passo em frente e a partir daí tudo será possível.
O árbitro é o italiano Luca Banti, auxiliado por Lorenzo Manganelli e Alessandro Giallatini, tendo como assistentes adicionais Marco Guida e Andrea Gervasonie como quarto árbitro Andrea Padovan, todos da mesma nacionalidade.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton, João Costa e Casillas;
Defesas, Verdasca, Marcano, Martins Indi, José Ángel e Layún;
Médios, Francisco Ramos, Herrera, Sérgio Oliveira, André André, Evandro e Rúben Neves;
Avançados, Brahimi, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e Corona.
Equipa provável:
Casillas, Layún, Martins Indi, Marcano e José Angel, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Herrera, André André, Brahimi e Aboubakar.
Antevisão de José Peseiro:
Iván Marcano está em condições?
«Ainda não temos essa certeza. Certeza tenho que os 11 que vão jogar têm toda a nossa confiança.»
Este é um jogo difícil. É assim que o vê?
«Dentro dessa avaliação, é o jogo mais difícil. Os outros já passaram. É a convicção, a certeza da dificuldade do jogo. Contra uma equipa que é forte em qualquer momento dos jogos. Tem bons jogadores, está em 2º numa liga forte. É tudo argumentos a favor do Borussia Dortmund. A solidariedade tem de ser total, superação quando não tivermos a bola. Defender todos e bem nessa processo. Mas pela riqueza, pela qualidade, quando tivermos a bola temos de acreditar e fazer o Borussia correr e colocá-los em posição de não conforto. Temos dois jogos e queremos passar. Queremos levar para o Porto a solução desta eliminatória.»
FC Porto favorito à Liga Europa. Aceita?
«Aquilo
que é a história dos títulos do FC Porto faz todo o sentido. Eu sou
treinador do FC Porto, a minha responsabilidade aqui é essa. Estou
focado no FC Porto. A final de 2005? Não se trata de lembrar, sou apenas
treinador do FC Porto. Vamos defender muito mais do que estamos
habituados. Mas queremos fazê-lo bem.»
É legítmo pensar numa equipa diferente para este jogo?
«Acho que já dei uma resposta. Esta equipa vai obrigar-nos a
defender com mais gente. Todos, e isso não tem a ver com mais médios,
defesas, ou isso, têm defender.»
Vai adaptar a sua deia de jogo com a forma de jogar do Dortmund?
«Cada um tem a sua ideia, os seus recursos mas tem a ver muito com
as qualidades dos nossos jogadores. Deixe-me fazer uma correção: parece
que viemos aqui para defender, mas não é só isso. Queremos ser também
afirmativos.»
Aceita sair com um empate?
«Se não pudermos ganhar, o empate será o melhor. Para levarmos daqui um bom resultado temos de ser melhores que nunca.»
Marcano está clinicamente apto. O que falta? Empréstimo de Maicon foi a melhor solução?
«Marcano só irá a jogo se tivermos a convicção se pode jogar ao
mais alto nível e não agravar a lesão. Quanto a Maicon, foi a melhor
solução encontrada por todos e desejo-lhe felicidades.»
Antevisão de Hector Herrera:
O clássico foi importante para encarar este jogo com outra confiança?
Ganhar um clássico é sempre importante. Dá-te confiança. Era
importante para virmos mais confiantes e com mais vontade para enfrentar
este jogo.
«Faltam jogadores importantes dentro do grupo, mas dentro do grupo há
outros que podem fazê-lo muito bem. Vão ocupar esses espaços e vão dar o
melhor à equipa.»
Dortmund tem média superior a três golos por jogo e como parar Aubameyang?
«Não me fixo tanto em quem vou enfrentar. Trato de cumprir dentro
de campo. Não sou de estar muito focado na outra equipa. Amanhã vai ser
um jogo bonito, um que qualquer um de nós gostaria de estar e levar um
bom resultado para casa.»
Pode jogar Verdasca. Como é que os mais experientes acolhem os mais novos?
«Dando-lhes confiança, fazendo-os sentir parte do grupo e isso é importante.»
Transição para a Liga Europa traz mais responsabilidades? Herrera já pensa no ambiente?
«É sempre importante, seja Champions ou Liga Europa. Tem a mesma
importância. Abstrair-me? Um jogador gosta de jogar perante muita gente
que não parem de cantar. Será um ambiente lindo e vamos desfrutá-lo.»
Face às ausências de Maxi e Danilo, pode actuar como lateral-direito?
«Se o treinador entender que devo jogar a lateral-direito, não tenho problemas. Estou sempre preparado para ajudar a
equipa e darei o meu máximo mesmo quando não jogar na minha posição»